O Poeta é um sem vergonha

Abrir um livro e encontrar se nele.
Entender que um as vezes é dialogo.
Outros ecos, incontáveis egos.
Tantas vozes expressas num pensamento.
Tradução do ego. Habilidade de gênio.
Seria dom? Expressão do ego em mim.
Alma irrestrita que transita no restrito, nos pensamentos secretos, particulares.
O poeta é um sem vergonha.
Não tem medo da luz nem da sombra.
Talvez protegido pela liberdade de expressão,
Ou pelo desprendimento, ou pela percepção
De que somos todos muito parecidos
E mesmo assim diferentes.
Uma linha revela uma alma.
E tantas mais.
E com tanta verdade,
Que não cabe julgamento, nem juízo
Mas entendimento.
Pela coragem, capacidade,
Pela abrangência.
Não quantas, mas quanto...

E  em meio a tanto, sou parte.
O poeta tem o dom de tocar a alma
Sem olhos, nem boca, nem mãos...
sem mesmo intencionar.
O poeta vê o ponto
E o transforme em tanto,
Que se perde no fim
Mediado por Mim - Leitor.
Mediado por Ti - Leitor.
Mediado por nos.

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