O Sentido da Vida
De: Leandro Pacheco
O sentido da vida é
curtir todos os seus momentos.
Aproveitar e ajudar todas as pessoas que conhecer no mundo.
E amar a todos.
Seus encantos infinitos
Um barco que viaja no oceano.
Pode se perder em meio a tempestade,
Pode se abrigar numa ilha ou seguir o fluxo da maré, sem rumo...
Ou com olhar fixo se adianta
Uma visão de terras vastas, vegetação deslumbrante, profundo canto de pássaros desatentos.
E pra que atentar? Em terras vastas encantadas não há perigos, seu canto é livre.
Seu leme segue o sol.
Nas madrugadas estrela polar
Nos sonhos segue seu canto encantado.
Terras quentes ou frias,
Estas são firmes portos
Seguros.
São seus braços
São seu coração cujo canto tem som de samba canção.
Tem pulsacao de pássaro ferido que canta sangrando, canto sagrado de amor.
O leme segue firme,
Segue seu canto e em segunda voz, cantos que entoam uma melodia perfeita.
Um barco vagou no oceano,
Ate que encontrou no seu canto um encanto.
Ancorou, entoou,
Repousou no seu peito e dorme calmo nas batidas perfeitas da nossa melodia.
Ancorou nas terras verdes
Infinitas
dos teus olhos.
Pode se perder em meio a tempestade,
Pode se abrigar numa ilha ou seguir o fluxo da maré, sem rumo...
Ou com olhar fixo se adianta
Uma visão de terras vastas, vegetação deslumbrante, profundo canto de pássaros desatentos.
E pra que atentar? Em terras vastas encantadas não há perigos, seu canto é livre.
Seu leme segue o sol.
Nas madrugadas estrela polar
Nos sonhos segue seu canto encantado.
Terras quentes ou frias,
Estas são firmes portos
Seguros.
São seus braços
São seu coração cujo canto tem som de samba canção.
Tem pulsacao de pássaro ferido que canta sangrando, canto sagrado de amor.
O leme segue firme,
Segue seu canto e em segunda voz, cantos que entoam uma melodia perfeita.
Um barco vagou no oceano,
Ate que encontrou no seu canto um encanto.
Ancorou, entoou,
Repousou no seu peito e dorme calmo nas batidas perfeitas da nossa melodia.
Ancorou nas terras verdes
Infinitas
dos teus olhos.
O dinheiro é a origem de todos os males
O dinheiro é a origem de todos os males - talvez essa seja uma das verdades mais evidentes dos nossos dias.A busca pelo dinheiro e tudo o que vem com ele e que ele proporciona nos torna mais tristes. A maior evidencia disso é palpável, não precisa ir longe pra perceber. Olhe ao redor, observe com cuidado. As pessoas a sua volta estão felizes, digo, realmente felizes? Os momentos de felicidade plena que guarda em sua lembrança envolveram dinheiro? Caso sua resposta seja sim, é melhor rever seus conceitos, você pode estar enganado quanto ao real sentido da palavra felicidade plena.Tenho visto todos os dias tantas evidencias de que o dinheiro não compensa, que poderia listar uma imensidão de fatores pelos quais esse crime contra nós mesmos não compensa mesmo. Famílias se separam, até mesmo se matam. Brigas entre pais e filhos por heranças ou por migalhas, móveis velhos ou mansões luxuosas. Pessoas que, em busca de uma vida "melhor" se mudam para outros países e perdem o elo, aquilo que as tornava uma família e que realmente importava, o amor, o companheirismo. As vezes, cego pelo desejo de atender aos padrões tão exigentes da sociedade - carro, casa própria, viagem de ferias, sucesso profissional - embarcamos em verdadeiras frias, e pior, nos enganamos na idéia de que tudo vale a pena. Será? Muitas vezes é difícil admitir que fomos longe demais ou que voltar atrás é admitir que falhamos de alguma forma.Mas pare pra pensar: Valeria a pena deixar aquilo que há de mais pleno e importante na vida por causa de bens, posições, reconhecimento social? O que significa sucesso hoje? Alguns conceitos são tão martelados na nossa cabeça, que esquecemos de olhar o coração. Ele é um amigo sincero. Se algo não vai bem, agente até finge pro mundo, mas não o tempo todo, não pra ele. Vem um momento em que os sentimentos reais se afloram, seja nas insônias, na TPM, nas drogas legais e ilegais, nas fobias, nas palavras cheias de veneno, no olhar triste e frustrado...Pais tentando dar aos filhos um futuro "melhor" vivem para o trabalho e se esquecem que o melhor para qualquer filho seria ter os pais por perto, se divertindo ao ar livre, vivendo experiências simples como um jogo de futebol, uma queimada no parque, andar de bicicleta ou caminhar juntos, ler juntos, conversar!!! Quantos nunca tiveram a experiência de conviver com seus queridos assim, de passar momentos simples assim em paz, sem o estresse do dia, dos problemas do trabalho, do telefone tocando, da apreensão das dividas com cartão de credito, do parcelamento das contas, da busca por uma "vida melhor".Uma das recordações mais hilárias e mais felizes que tenho da minha infância foi um dia em que por falta de pagamento, cortaram a luz do nosso apartamento e nós - minha mãe, minhas irmãs e eu ficamos horas no quarto conversando e rindo juntas, sobre tudo, rindo de histórias do passado, gargalhando de situações comuns de nossa vida. Eu me lembro de pensar como gostaria que a luz não voltasse na noite seguinte, assim, a interferência da TV (novelas, tele-jornais sangrentos) não nos tiraria o prazer daqueles momentos felizes. Entende o que e digo? Não precisa quase nada pra ser feliz, para desfrutar de momentos felizes. Levei meu filho no cinema no último final de semana. Até aí nada de mais. Mais um filme da Disney, mais um momento legal, mas o que tornou esse momento marcante pra mim foi a presença do primo do meu filho que de última hora e totalmente por acaso chamamos pra ir conosco. Meu filho nunca se divertiu tanto num cinema. Enquanto aguardávamos pelo inicio do filme, eles conversavam, brincava, gargalhavam. Pra eles o fato de estarem ali juntos era muito maior do que o filme em si, isso era notável. A parte boa não era o filme, era o amigo ali pra dividir o momento. Meu filho se despediu chorando e pedindo pra dormir na casa dele, porque quando a brincadeira tá boa, ninguém quer parar, né. Infelizmente, ele viajaria para outra cidade no dia seguinte, e mesmo que eu quisesse, não poderia ajudar.Pare para pensar em momentos da sua vida que fazem você suspirar de saudade. Vai ver que a convivência com a família e amigos está no topo da lista. Mas não falo da convivência forçada ou marcada pela disputa de quem tem o carro mais novo, ou o trabalho mais promissor. Não! Falo da convivência do riso fácil, da piada conhecida, dos casos contados e recontados, dos abraços, da proximidade, do jogo de buraco, das musicas, churrascos e almoços, das crianças se divertindo enquanto os adultos conversam, dividem, se unem naquele momento de confraternização.Acho que alguns devem estar pensando que vivo num mundo de sonhos. Que a vida não é esse mar de rosas. Pode ser, talvez esteja mesmo idealizando o convívio, a harmonia e a simplicidade, mas talvez, seja um estalo, um insight pra aquilo que realmente valha a pena nesta vida.Conheço pessoas que perderam o olhar mais terno, o sorriso mais fácil, o sono mais profundo, pelo simples fato de que com a idade vem as responsabilidades, ou seja, a busca pelo dinheiro. Isso, destrói a inocência, e por incrível que pareça nossa percepção. Me lembro de uma pessoa doce que conheci e que costumava dizer que eu me preocupava demais com dinheiro. Eu me encantava com o riso fácil e a simplicidade com que ele via a vida. Hoje, alguns anos depois vejo que as vezes sou eu quem me pego dizendo: Ei, você se preocupa demais com dinheiro. E com ele se foi o sorriso tão cativante.Sem perceber, perdemos a boa parte da nossa vida lutando uma luta que não é nossa. A sociedade nos cobra resultados palpáveis e nós nos levamos pela ilusão de que o dinheiro vai conseguir trazer a alegria das propagandas da TV. Vejo pessoas que só se sentem bem se mostrarem o carro novo, ou a viagem que fizeram, mesmo que tenha sido uma grande merda. Mas é claro que as aparências contam mais. E elas enfeitam ao máximo a experiência e floreiam para parecer real, felicidade real. A ilusão nos enche de vazio. Viver de sonhos marcados pela "estabilidade" financeira, nos força a dar tudo de nós que esquecemos de nós mesmos. Qual o prazer do carro novo? Ele desaparece quando vem a primeira prestação ou mesmo antes, quando nos damos conta de que aquele carro fantástico não preencheu o vazio, nunca vai. Que a viagem dos sonhos só será a viagem dos sonhos se for mais que o lugar. Que o trabalho dos sonhos é muito mais que a posição, é o prazer no que se faz, é a realização e não os "benefícios ou comissões". Que a roupa só vai cair bem num corpo que vê além do corpo. Pode comprar a marca mais cara, ela vai continuar desajustada num corpo doente e triste. Mente sã, corpo lindo! Parece tão óbvio, mas a gente se esquece sempre.Alguns dias acordamos bem e vestimos a calça antiga que cai tão bem quanto aquela peça recém comprada. Outras vezes a roupa nova perde aquela sensação de frescor logo depois de passarmos no caixa. Nos esquecemos que o que conta mesmo não é o bem, o produto. A TV nos vende felicidade numa garrafa de refrigerante, até mesmo num trago de cigarro. Quem acreditaria? Não dá pra crer, mas caímos nessa e em muitas outras. Talvez não na do cigarro, mas e na vida perfeita dos casais jovens, vigorosos, bonitos...Nas famílias felizes desfrutando a casa nova, o carro do ano, a margarina sensacional...Porque pensar em felicidade, ou de onde ela vem? Talvez pra você isso não faça sentido. Talvez seja feliz como é. Mas sempre vale a pena refletir, reavaliar.Podemos mudar tudo, começar do zero, refazer nosso caminho. Se acha que em algum momento se perdeu, fez a conversão errada, não tenha medo de mudar, de recomeçar. O medo é uma ilusão, ele não é real. Podemos fazer tudo de novo se não usarmos os parâmetros sociais para o Ser Feliz.Não sou contra o dinheiro, mas contra a busca de padrões e ilusões que são determinadas a partir dele. A grande diferença entre classes é a origem da violência urbana, do caos no trânsito, da maioria das doenças, e porque não dizer da maioria das mortes prematuras. O ideal não é que todos tenham as mesmas coisas, mas que sejam felizes com o que tem, sem se basear no que os outros tem. A origem dos males que tanto nos afetam, o estresse, o medo da violência ou as marcas que ela deixou, a solidão, a depressão, a frustração, são conseqüências marcantes dos usos e abusos que o dinheiro proporciona.Você acorda, trabalha, come, dorme, acorda, trabalha, come, dorme...E algumas vezes se diverte. Uma diversão que nem sempre é real, felicidade real.
E o que mais você espera da vida? A morte? Pare de sobreviver e dê mais valor ao que realmente importa. E isso quem determina é você, se estiver atento o suficiente para perceber e coragem suficiente para mudar.--Michele Xavier
Esteriótipos
Quem nunca ouviu a frase: "Baiano é preguiçoso"?
Aparentemente ingênua e cômica a frase carrega consigo a essência da ignorância. Seja lá quem foi que a criou e que a repete, ela é o clássico exemplo daquele que perdeu a chance de ficar calado.
Fiquei curiosa pra saber onde ela nasceu, se em alguma disputa de poder na época da escravatura, ou se numa disputa territorial do passado. Resolvi Google it e advinha o que achei? Um comentário sobre a tese de Elisete Zanlorenzi, que esclarece com bastante consistência sobre a origem do "mito". Segundo Elisete, desde o século XVI a elite local usava a depreciação de negros, geralmente analfabetos e desprovidos de direito, como preguiçosos, uma forma de exclusão social. Muitos ainda pensam que favelado é favelado porque quer, que mulher gosta de apanhar e por aí vai. Tais estereótipos são formas claras de exclusão, de preconceito e principalmente de desinformação. É mais fácil dizer que "baiano é preguiçoso", do que assumir a própria incapacidade em perceber o quanto as políticas públicas são insuficientes para trazer equilíbrio e inclusão social.
Felizmente a frase vem perdendo força ao longo dos anos, o povo baiano hoje em dia é representado pela sua alegria de viver, sua receptividade, musicalidade.
As frases que são repetidas sem nenhuma reflexão prévia carregam consigo uma grande carga de informação sobre o que é dito e sobre quem as diz. Então antes de sair repetindo tais asneiras, mesmo que em piadas e rodas informais, vamos pensar melhor se devemos continuar repetindo um discurso tão antigo e estigmatizante, que sequer deveria ter perdurado um dia.
Tente substituir "Baiano é preguiçoso" por Mineiro é preguiçoso, ou Paulistano é preguiçoso, ou que Carioca é preguiçoso, e assim por diante. Diria como mineira que sou, que soa forte e dói nos ossos pensar que um dia meu povo fosse chamado assim, que eu fosse chamada assim. E refletir sobre os estereótipos é válido e essencial numa sociedade excludente como a nossa. Esteriótipos não deveriam existir, eles representam nossa parte mais hostil e degenerada como sociedade. Depreciar o próximo pela diferença é mais que tudo depreciar a si mesmo. Quando vejo tais discursos, vejo quem os faz e percebo que não há parâmetros nem esteriótipos que determinem quem os faz. Todos de uma maneira ou de outra, em algum momento da vida já se valeu dessas frases feitas para defender seus pontos de vista. Então minha reflexão é para que não usemos mais esses discursos vazios de verdade e cheios de preconceito, e usemos melhor as palavras criando nossos próprios discursos a partir da reflexão, da interpretação, da discussão saudável sobre o direito e o respeito ao próximo.
Viva a diversidade!
Aparentemente ingênua e cômica a frase carrega consigo a essência da ignorância. Seja lá quem foi que a criou e que a repete, ela é o clássico exemplo daquele que perdeu a chance de ficar calado.
Fiquei curiosa pra saber onde ela nasceu, se em alguma disputa de poder na época da escravatura, ou se numa disputa territorial do passado. Resolvi Google it e advinha o que achei? Um comentário sobre a tese de Elisete Zanlorenzi, que esclarece com bastante consistência sobre a origem do "mito". Segundo Elisete, desde o século XVI a elite local usava a depreciação de negros, geralmente analfabetos e desprovidos de direito, como preguiçosos, uma forma de exclusão social. Muitos ainda pensam que favelado é favelado porque quer, que mulher gosta de apanhar e por aí vai. Tais estereótipos são formas claras de exclusão, de preconceito e principalmente de desinformação. É mais fácil dizer que "baiano é preguiçoso", do que assumir a própria incapacidade em perceber o quanto as políticas públicas são insuficientes para trazer equilíbrio e inclusão social.
Felizmente a frase vem perdendo força ao longo dos anos, o povo baiano hoje em dia é representado pela sua alegria de viver, sua receptividade, musicalidade.
As frases que são repetidas sem nenhuma reflexão prévia carregam consigo uma grande carga de informação sobre o que é dito e sobre quem as diz. Então antes de sair repetindo tais asneiras, mesmo que em piadas e rodas informais, vamos pensar melhor se devemos continuar repetindo um discurso tão antigo e estigmatizante, que sequer deveria ter perdurado um dia.
Tente substituir "Baiano é preguiçoso" por Mineiro é preguiçoso, ou Paulistano é preguiçoso, ou que Carioca é preguiçoso, e assim por diante. Diria como mineira que sou, que soa forte e dói nos ossos pensar que um dia meu povo fosse chamado assim, que eu fosse chamada assim. E refletir sobre os estereótipos é válido e essencial numa sociedade excludente como a nossa. Esteriótipos não deveriam existir, eles representam nossa parte mais hostil e degenerada como sociedade. Depreciar o próximo pela diferença é mais que tudo depreciar a si mesmo. Quando vejo tais discursos, vejo quem os faz e percebo que não há parâmetros nem esteriótipos que determinem quem os faz. Todos de uma maneira ou de outra, em algum momento da vida já se valeu dessas frases feitas para defender seus pontos de vista. Então minha reflexão é para que não usemos mais esses discursos vazios de verdade e cheios de preconceito, e usemos melhor as palavras criando nossos próprios discursos a partir da reflexão, da interpretação, da discussão saudável sobre o direito e o respeito ao próximo.
Viva a diversidade!
A Morte Iminente
O medo da morte iminente me torna mais frágil,
mais melancólica,
mais parte,
menos eu.
Pensar que basta um segundo e tudo acaba.
E o que ficou pra trás vira pó e saudade.
A morte iminente me torna mais viva,
mais presente que passado,
ainda que o passado me torne quem sou.
Pensar que num segundo tudo passa.
E o que foi feito já foi, mas está aqui em tudo que sinto e sou.
Pensar na morte iminente me faz refletir,
que as vezes o que dizemos ser vida
muitas vezes passa desapercebido.
E quando olhamos o passado
Não estamos lá, nem cá.
Existe um tempo intermediário,
Aquele em que o sujeito vive o tempo suspenso.
Nem passado, nem presente, nem futuro.
É um entre tempos,
Um mundo virtual, fictício, devastador.
Que nos impede de perceber o hoje
como parte de nós, como a única parte de nós
que realmente nos pertence.
Pensar na morte iminente me da desassossego
vazio, medo, falta...
Dúvida.
Eu sou o tempolimbo
Sou tudo que fui, e nada que fui.
Sou o agora que é eterno, mas tão breve que passa,
Num segundo.
E já sou mais um pouco do que antes,
E um pouco menos que ser.
Pensar na morte iminente me faz pensar que quero mais
A morte não é fim, nem pode ser.
Pensar na morte iminente me faz querer viver mais,
Ser mais, sentir mais, amar mais, perceber mais.
Iminente, não necessariamente.
Inevitável.
mais melancólica,
mais parte,
menos eu.
Pensar que basta um segundo e tudo acaba.
E o que ficou pra trás vira pó e saudade.
A morte iminente me torna mais viva,
mais presente que passado,
ainda que o passado me torne quem sou.
Pensar que num segundo tudo passa.
E o que foi feito já foi, mas está aqui em tudo que sinto e sou.
Pensar na morte iminente me faz refletir,
que as vezes o que dizemos ser vida
muitas vezes passa desapercebido.
E quando olhamos o passado
Não estamos lá, nem cá.
Existe um tempo intermediário,
Aquele em que o sujeito vive o tempo suspenso.
Nem passado, nem presente, nem futuro.
É um entre tempos,
Um mundo virtual, fictício, devastador.
Que nos impede de perceber o hoje
como parte de nós, como a única parte de nós
que realmente nos pertence.
Pensar na morte iminente me da desassossego
vazio, medo, falta...
Dúvida.
Eu sou o tempolimbo
Sou tudo que fui, e nada que fui.
Sou o agora que é eterno, mas tão breve que passa,
Num segundo.
E já sou mais um pouco do que antes,
E um pouco menos que ser.
Pensar na morte iminente me faz pensar que quero mais
A morte não é fim, nem pode ser.
Pensar na morte iminente me faz querer viver mais,
Ser mais, sentir mais, amar mais, perceber mais.
Iminente, não necessariamente.
Inevitável.
Era uma vez um mundo feliz e perfeito até que surgiu o Amor.
Ah! O Amor!
E de uma hora pra outra o que era racional e funcional tornou-se incrivelmente trágico. De um mundo onde a razão tornava todos os finais felizes e logicamente ideais, de repente nos vimos em meio ao completo caos, uma novela mexicana. Foi um Deus nos acuda. Gente chorando prum lado, gente se lamentando do outro. Não acabavam as reclamações ao nosso SACA- Serviço de Apoio a Cliente Apaixonado. Todos com a mesma queixa: dor de cotovelo...
Chegamos a conclusão que todos seguiam uma sequência lógica de fatos, o que não fazia sentido algum. Primeiros pensamentos, depois contato físico aproximado e aí tudo descambava. Frio na barriga,tremedeira, falta de fome e concentração, dificuldade de respirar, muitos tinham dificuldade em parar de rir. Mas logo apresentavam sintomas mais graves e deprimentes. Normalmente em pares, um dos afetados demonstravam aversão ou rejeição pelo outro, gerando, assim, efeitos extremos e deprimentes. Dias de tristeza profunda, choro patético, alguns relatavam perda de sono e vontade de viver...Alguns perdiam o apetite, outros se entupiam de comida. Muitos se diziam enganados, arrependidos, irados. Alguns prometiam nunca mais se deixar levar por esse sentimento tão desmedido e infeliz.
Tivemos que por isso chamar o Sr. amor para uma conversinha. Queríamos saber que história era essa de aparecer do nada e nos tirar a paz. Antes dele tudo ia muito bem. Tínhamos apatia e tranquilidade. Era tudo meio sem graça, mas tínhamos sossego. Os casamentos, resolvíamos com contratos metodicamente seguidos, e acreditem, eles eram religiosamente seguidos. Dias intermináveis de mesmice, mas éramos mais racionais, mais comedidos. Nada de reações amorosas intempestivas, gente viajando na Maionese. Maionese agora tá lotada! Não há mais como nadar em Maionese. Maionese virou roteiro turístico de quinta.
O tal Sr. Amor veio logo dizendo que não tinha culpa. Ele apenas dava uma nova dimensão aos relacionamentos. Fazia tudo mais saboroso, mais encantado. Disse que quem causa toda a confusão é o ciume, a inveja e a cobiça, essa turminha sim era a verdadeira causa de tanta confusão. As acusadas se diziam vitimas de calúnia. Elas diziam que só eram chamadas depois que o Amor de manifestava. Como foi aquele mundo de acusações por todo lado resolvemos fazer uma acariação. Chamamos todas as partes envolvidas, O Sr Amor, acusação, testemunhas e por fim as vitimas. Descobrimos, afinal, que as vitimas de vitimas não tem nada. O Amor se apresentava e elas sem pensar nas consequencias iam logo se deixando levar. Diziam as testemunhas que não faltavam conselhos,advertências, solicitações de bom senso e racionalidade, mas os indivíduos estavam completamente loucos para provar o tal fruto deliciosos e caiam em tentação... Sendo assim, o amor foi liberado temporariamente. Mas as investigações continuam...
Ah! O Amor!
E de uma hora pra outra o que era racional e funcional tornou-se incrivelmente trágico. De um mundo onde a razão tornava todos os finais felizes e logicamente ideais, de repente nos vimos em meio ao completo caos, uma novela mexicana. Foi um Deus nos acuda. Gente chorando prum lado, gente se lamentando do outro. Não acabavam as reclamações ao nosso SACA- Serviço de Apoio a Cliente Apaixonado. Todos com a mesma queixa: dor de cotovelo...
Chegamos a conclusão que todos seguiam uma sequência lógica de fatos, o que não fazia sentido algum. Primeiros pensamentos, depois contato físico aproximado e aí tudo descambava. Frio na barriga,tremedeira, falta de fome e concentração, dificuldade de respirar, muitos tinham dificuldade em parar de rir. Mas logo apresentavam sintomas mais graves e deprimentes. Normalmente em pares, um dos afetados demonstravam aversão ou rejeição pelo outro, gerando, assim, efeitos extremos e deprimentes. Dias de tristeza profunda, choro patético, alguns relatavam perda de sono e vontade de viver...Alguns perdiam o apetite, outros se entupiam de comida. Muitos se diziam enganados, arrependidos, irados. Alguns prometiam nunca mais se deixar levar por esse sentimento tão desmedido e infeliz.
Tivemos que por isso chamar o Sr. amor para uma conversinha. Queríamos saber que história era essa de aparecer do nada e nos tirar a paz. Antes dele tudo ia muito bem. Tínhamos apatia e tranquilidade. Era tudo meio sem graça, mas tínhamos sossego. Os casamentos, resolvíamos com contratos metodicamente seguidos, e acreditem, eles eram religiosamente seguidos. Dias intermináveis de mesmice, mas éramos mais racionais, mais comedidos. Nada de reações amorosas intempestivas, gente viajando na Maionese. Maionese agora tá lotada! Não há mais como nadar em Maionese. Maionese virou roteiro turístico de quinta.
O tal Sr. Amor veio logo dizendo que não tinha culpa. Ele apenas dava uma nova dimensão aos relacionamentos. Fazia tudo mais saboroso, mais encantado. Disse que quem causa toda a confusão é o ciume, a inveja e a cobiça, essa turminha sim era a verdadeira causa de tanta confusão. As acusadas se diziam vitimas de calúnia. Elas diziam que só eram chamadas depois que o Amor de manifestava. Como foi aquele mundo de acusações por todo lado resolvemos fazer uma acariação. Chamamos todas as partes envolvidas, O Sr Amor, acusação, testemunhas e por fim as vitimas. Descobrimos, afinal, que as vitimas de vitimas não tem nada. O Amor se apresentava e elas sem pensar nas consequencias iam logo se deixando levar. Diziam as testemunhas que não faltavam conselhos,advertências, solicitações de bom senso e racionalidade, mas os indivíduos estavam completamente loucos para provar o tal fruto deliciosos e caiam em tentação... Sendo assim, o amor foi liberado temporariamente. Mas as investigações continuam...
a.M.O.R
Passamos a vida esperando que os outros nos aceitem como somos,
nos amem como somos,
nos respeitem quando falamos e agimos.
Que nossos pensamentos sejam livremente expressos
E que nossa capacidade de escolha seja respeitada.
Mas raramente vejo reciprocidade.
Muito se fala,
pouco se faz.
E o que fica?
Falta amor pelo próximo, amor que nao vai além do umbigo,
E descobrimos a medida em que o tempo passa e
a idade vai chegando,
os filhos nos ensinado,
Que a individualidade só é real quando é percebida e compartilhada.
Somos todos parte do sistema,
que há muito perdeu seu equilíbrio.
nos amem como somos,
nos respeitem quando falamos e agimos.
Que nossos pensamentos sejam livremente expressos
E que nossa capacidade de escolha seja respeitada.
Mas raramente vejo reciprocidade.
Muito se fala,
pouco se faz.
E o que fica?
Falta amor pelo próximo, amor que nao vai além do umbigo,
E descobrimos a medida em que o tempo passa e
a idade vai chegando,
os filhos nos ensinado,
Que a individualidade só é real quando é percebida e compartilhada.
Somos todos parte do sistema,
que há muito perdeu seu equilíbrio.
De mãos e pés atados
Movimentos, tentativas
Corpo suspenso pelo medo
Mudo e consciente
A voz saía, mas não ecoava
Se perdia nas ondas sonoras do pesadelo
Dor, gemido, dor
angústia compacta
pacote perdido, nunca entregue
Não espere o vento
Ele não sopra por estas bandas
Não sabia
Consciente in-coleitvo
Mãos atadas sem cordas
Anestesaido pelo subconsciente
Voz embargada
Olhares afogados
não respiram
A luz se faz presente
Mas a distancia
mãos que tentam se erguer
Tentativa inutil
Dor por dentro que não -
Dor que só doi no olhar do observador
A luz torna a dor ainda mais intensa
perceptivel
cruel
Feche os olhos
A dor é de quem vê
Abre os olhos
A dor é de quem vê
...
Os olhos não podem esconder
a dor que existe porque existo
O tempo passa
na velocidade inversa
intensamente.
Movimentos, tentativas
Corpo suspenso pelo medo
Mudo e consciente
A voz saía, mas não ecoava
Se perdia nas ondas sonoras do pesadelo
Dor, gemido, dor
angústia compacta
pacote perdido, nunca entregue
Não espere o vento
Ele não sopra por estas bandas
Não sabia
Consciente in-coleitvo
Mãos atadas sem cordas
Anestesaido pelo subconsciente
Voz embargada
Olhares afogados
não respiram
A luz se faz presente
Mas a distancia
mãos que tentam se erguer
Tentativa inutil
Dor por dentro que não -
Dor que só doi no olhar do observador
A luz torna a dor ainda mais intensa
perceptivel
cruel
Feche os olhos
A dor é de quem vê
Abre os olhos
A dor é de quem vê
...
Os olhos não podem esconder
a dor que existe porque existo
O tempo passa
na velocidade inversa
intensamente.
Comments on “The Grave” – Katherine Ann Porter
The final scene of the short story can be considered a moment of revelation. A moment when Miranda remembers that moment from her past. When she discovered a new aspect of life, she changed from an innocent child to a person aware about what was happening around her, and also twenty years later she could understand better the meanings of death, the relationship with her brother and face the thoughts that tormented her for so long.
During childhood Miranda and her brother Paul used to hunt small animals such as doves and rabbits It was a common situation for them, a moment of enjoyment. She did not realize that their moment of enjoyment was also a moment of killing, until that day, when the “rabbit” was killed. Miranda even said that what she really liked about shooting was “pulling the trigger and hearing the noise”. The fact that she was not aware of what she was doing shows how innocent and naive she was. She was only nine years old at that time, and her brother was 12. The narrative shows that her brother maybe had some knowledge about what he was doing, and how dangerous it could become, but for them it was a kind a natural habit to killing animals. It seems that child at that age, on that part of US were used to haunt with guns, for them the fact that she wore male clothes instead of girl’s dresses could be considered a bigger sin than kill small animals. The third person omniscient narrator described many times that her brother was more efficient on hunting, that he was more precise, more skilled, and that “he may have seen all that before”. Paul “killed it (animals) with one shot” can mean that he was good with guns, but also indicates that she may also had shot her brother when is said that “they fired at the same moment” and “He did it very cleanly and quickly least of what he knew”. Those sentences confirm not only that he was more experienced on hunting; but also that he knew exactly what he was doing.
The final scene, when the smells are described reveals how omniscient the narrator is. He knew Miranda more hidden thoughts. Although the narrator uses third person it seems that is Miranda the one who is telling the story. All the details are more related to her than to him. Also, it makes the reader very close to the scene, twenty years before, and also after when she remember all that feelings she had. She felt the same smell of dead roses, the sweet smelling, like vanilla, smell of death. Every time that senses of smell is described, is a moment of death, and rebirth – a moment of change and awareness. At the begging describing her grandfather grave opened, also when her brother was shot and at the end when she herself was dying. The evidence that he was shot is the sentence “His voice dropped on the last word”, as if he had shot the rabbit and she had shot him at the same time. He made her promise that she would never tell anybody about what had happened that day. But that secret was in her mind for the rest of her life. She remembered not only the hotness of the day, but also the smell of raw flesh and wilting flowers. “The corruption she had smelled” is based not only in the fact that her childhood was corrupted, that she had changed forever. Before it was corruption the fact that she knew her treasure had a small value compared to the Gold ring her brother had found, but after was the fact that she knew she had killed her brother, but she could not tell anybody. Miranda was, at first, very interested and not afraid to see her brother with the tiny rabbits, she wanted to see. But when she realized that the blood running was not only from the rabbit, but also from Paul, she “began to tremble”. That was the moment when she changed, when her innocence had finished. The sentence “(…) they were just about ready to be born” describes a moment when the tiny rabbits are dead. Miranda faced death of her innocence and birth of her knowledge about real life. She then, goes home to have a shower, to change her clothes, wear a dress and the ring which represents also death and a moment of transformation from a child to a grown up girl.
Because the chronological time is not linear, is hard at the first reading realize all that. But, when reading carefully again, we can perceive the events. The paragraphs starting with Then, Now, When give the impression that the time is no linear but full of flashbacks. In the first paragraph it seems that the story is been told many years after, from someone who belong to the family, a granddaughter of Miranda, maybe. But after, it seems that Miranda is the one telling the story, because she describes her thoughts, which are unfamiliar to her daughter. How could she know that? Symbolism is very strongly represented through the senses – smell, vision, taste and touch. When she sees her brother at the end, “Instantly upon this thought the dreadful vision faded, and she saw her brother, whose childhood face she had forgotten” is a confirmation that she had not seen him since that day and that he was shot. The senses and smell of death were there again. Miranda had maybe been hit by a car, or maybe because the city “was strange” she had been murdered by that Indian vendor, it is not very clear for me. But the same feeling and smell of “Dyed”, sweet and raw flesh indicates that she was dying too. The word Dyed sweet can be also read as dead of her innocence, a moment when she gets into the adulthood. When she dressed that dress and let the clothes of boys behind, she realizes that from that moment she is no longer the same. The events had changed her somehow she can never be an innocent child anymore. Even though she tried she never forget what her conscious accumulated, “those thousand impressions” that tormented her mind for twenty years. The thoughts tormented her so much, that she moved from place to place, by she could not take the remembrances out from her own. In her last attempt to find a new place to live she found also death and why not peace, represented from the dove in her brother’s hand. She was finally freed from the feelings of guilty.
During childhood Miranda and her brother Paul used to hunt small animals such as doves and rabbits It was a common situation for them, a moment of enjoyment. She did not realize that their moment of enjoyment was also a moment of killing, until that day, when the “rabbit” was killed. Miranda even said that what she really liked about shooting was “pulling the trigger and hearing the noise”. The fact that she was not aware of what she was doing shows how innocent and naive she was. She was only nine years old at that time, and her brother was 12. The narrative shows that her brother maybe had some knowledge about what he was doing, and how dangerous it could become, but for them it was a kind a natural habit to killing animals. It seems that child at that age, on that part of US were used to haunt with guns, for them the fact that she wore male clothes instead of girl’s dresses could be considered a bigger sin than kill small animals. The third person omniscient narrator described many times that her brother was more efficient on hunting, that he was more precise, more skilled, and that “he may have seen all that before”. Paul “killed it (animals) with one shot” can mean that he was good with guns, but also indicates that she may also had shot her brother when is said that “they fired at the same moment” and “He did it very cleanly and quickly least of what he knew”. Those sentences confirm not only that he was more experienced on hunting; but also that he knew exactly what he was doing.
The final scene, when the smells are described reveals how omniscient the narrator is. He knew Miranda more hidden thoughts. Although the narrator uses third person it seems that is Miranda the one who is telling the story. All the details are more related to her than to him. Also, it makes the reader very close to the scene, twenty years before, and also after when she remember all that feelings she had. She felt the same smell of dead roses, the sweet smelling, like vanilla, smell of death. Every time that senses of smell is described, is a moment of death, and rebirth – a moment of change and awareness. At the begging describing her grandfather grave opened, also when her brother was shot and at the end when she herself was dying. The evidence that he was shot is the sentence “His voice dropped on the last word”, as if he had shot the rabbit and she had shot him at the same time. He made her promise that she would never tell anybody about what had happened that day. But that secret was in her mind for the rest of her life. She remembered not only the hotness of the day, but also the smell of raw flesh and wilting flowers. “The corruption she had smelled” is based not only in the fact that her childhood was corrupted, that she had changed forever. Before it was corruption the fact that she knew her treasure had a small value compared to the Gold ring her brother had found, but after was the fact that she knew she had killed her brother, but she could not tell anybody. Miranda was, at first, very interested and not afraid to see her brother with the tiny rabbits, she wanted to see. But when she realized that the blood running was not only from the rabbit, but also from Paul, she “began to tremble”. That was the moment when she changed, when her innocence had finished. The sentence “(…) they were just about ready to be born” describes a moment when the tiny rabbits are dead. Miranda faced death of her innocence and birth of her knowledge about real life. She then, goes home to have a shower, to change her clothes, wear a dress and the ring which represents also death and a moment of transformation from a child to a grown up girl.
Because the chronological time is not linear, is hard at the first reading realize all that. But, when reading carefully again, we can perceive the events. The paragraphs starting with Then, Now, When give the impression that the time is no linear but full of flashbacks. In the first paragraph it seems that the story is been told many years after, from someone who belong to the family, a granddaughter of Miranda, maybe. But after, it seems that Miranda is the one telling the story, because she describes her thoughts, which are unfamiliar to her daughter. How could she know that? Symbolism is very strongly represented through the senses – smell, vision, taste and touch. When she sees her brother at the end, “Instantly upon this thought the dreadful vision faded, and she saw her brother, whose childhood face she had forgotten” is a confirmation that she had not seen him since that day and that he was shot. The senses and smell of death were there again. Miranda had maybe been hit by a car, or maybe because the city “was strange” she had been murdered by that Indian vendor, it is not very clear for me. But the same feeling and smell of “Dyed”, sweet and raw flesh indicates that she was dying too. The word Dyed sweet can be also read as dead of her innocence, a moment when she gets into the adulthood. When she dressed that dress and let the clothes of boys behind, she realizes that from that moment she is no longer the same. The events had changed her somehow she can never be an innocent child anymore. Even though she tried she never forget what her conscious accumulated, “those thousand impressions” that tormented her mind for twenty years. The thoughts tormented her so much, that she moved from place to place, by she could not take the remembrances out from her own. In her last attempt to find a new place to live she found also death and why not peace, represented from the dove in her brother’s hand. She was finally freed from the feelings of guilty.
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