Quem nunca ouviu a frase: "Baiano é preguiçoso"?
Aparentemente ingênua e cômica a frase carrega consigo a essência da ignorância. Seja lá quem foi que a criou e que a repete, ela é o clássico exemplo daquele que perdeu a chance de ficar calado.
Fiquei curiosa pra saber onde ela nasceu, se em alguma disputa de poder na época da escravatura, ou se numa disputa territorial do passado. Resolvi Google it e advinha o que achei? Um comentário sobre a tese de Elisete Zanlorenzi, que esclarece com bastante consistência sobre a origem do "mito". Segundo Elisete, desde o século XVI a elite local usava a depreciação de negros, geralmente analfabetos e desprovidos de direito, como preguiçosos, uma forma de exclusão social. Muitos ainda pensam que favelado é favelado porque quer, que mulher gosta de apanhar e por aí vai. Tais estereótipos são formas claras de exclusão, de preconceito e principalmente de desinformação. É mais fácil dizer que "baiano é preguiçoso", do que assumir a própria incapacidade em perceber o quanto as políticas públicas são insuficientes para trazer equilíbrio e inclusão social.
Felizmente a frase vem perdendo força ao longo dos anos, o povo baiano hoje em dia é representado pela sua alegria de viver, sua receptividade, musicalidade.
As frases que são repetidas sem nenhuma reflexão prévia carregam consigo uma grande carga de informação sobre o que é dito e sobre quem as diz. Então antes de sair repetindo tais asneiras, mesmo que em piadas e rodas informais, vamos pensar melhor se devemos continuar repetindo um discurso tão antigo e estigmatizante, que sequer deveria ter perdurado um dia.
Tente substituir "Baiano é preguiçoso" por Mineiro é preguiçoso, ou Paulistano é preguiçoso, ou que Carioca é preguiçoso, e assim por diante. Diria como mineira que sou, que soa forte e dói nos ossos pensar que um dia meu povo fosse chamado assim, que eu fosse chamada assim. E refletir sobre os estereótipos é válido e essencial numa sociedade excludente como a nossa. Esteriótipos não deveriam existir, eles representam nossa parte mais hostil e degenerada como sociedade. Depreciar o próximo pela diferença é mais que tudo depreciar a si mesmo. Quando vejo tais discursos, vejo quem os faz e percebo que não há parâmetros nem esteriótipos que determinem quem os faz. Todos de uma maneira ou de outra, em algum momento da vida já se valeu dessas frases feitas para defender seus pontos de vista. Então minha reflexão é para que não usemos mais esses discursos vazios de verdade e cheios de preconceito, e usemos melhor as palavras criando nossos próprios discursos a partir da reflexão, da interpretação, da discussão saudável sobre o direito e o respeito ao próximo.
Viva a diversidade!
A Morte Iminente
O medo da morte iminente me torna mais frágil,
mais melancólica,
mais parte,
menos eu.
Pensar que basta um segundo e tudo acaba.
E o que ficou pra trás vira pó e saudade.
A morte iminente me torna mais viva,
mais presente que passado,
ainda que o passado me torne quem sou.
Pensar que num segundo tudo passa.
E o que foi feito já foi, mas está aqui em tudo que sinto e sou.
Pensar na morte iminente me faz refletir,
que as vezes o que dizemos ser vida
muitas vezes passa desapercebido.
E quando olhamos o passado
Não estamos lá, nem cá.
Existe um tempo intermediário,
Aquele em que o sujeito vive o tempo suspenso.
Nem passado, nem presente, nem futuro.
É um entre tempos,
Um mundo virtual, fictício, devastador.
Que nos impede de perceber o hoje
como parte de nós, como a única parte de nós
que realmente nos pertence.
Pensar na morte iminente me da desassossego
vazio, medo, falta...
Dúvida.
Eu sou o tempolimbo
Sou tudo que fui, e nada que fui.
Sou o agora que é eterno, mas tão breve que passa,
Num segundo.
E já sou mais um pouco do que antes,
E um pouco menos que ser.
Pensar na morte iminente me faz pensar que quero mais
A morte não é fim, nem pode ser.
Pensar na morte iminente me faz querer viver mais,
Ser mais, sentir mais, amar mais, perceber mais.
Iminente, não necessariamente.
Inevitável.
mais melancólica,
mais parte,
menos eu.
Pensar que basta um segundo e tudo acaba.
E o que ficou pra trás vira pó e saudade.
A morte iminente me torna mais viva,
mais presente que passado,
ainda que o passado me torne quem sou.
Pensar que num segundo tudo passa.
E o que foi feito já foi, mas está aqui em tudo que sinto e sou.
Pensar na morte iminente me faz refletir,
que as vezes o que dizemos ser vida
muitas vezes passa desapercebido.
E quando olhamos o passado
Não estamos lá, nem cá.
Existe um tempo intermediário,
Aquele em que o sujeito vive o tempo suspenso.
Nem passado, nem presente, nem futuro.
É um entre tempos,
Um mundo virtual, fictício, devastador.
Que nos impede de perceber o hoje
como parte de nós, como a única parte de nós
que realmente nos pertence.
Pensar na morte iminente me da desassossego
vazio, medo, falta...
Dúvida.
Eu sou o tempolimbo
Sou tudo que fui, e nada que fui.
Sou o agora que é eterno, mas tão breve que passa,
Num segundo.
E já sou mais um pouco do que antes,
E um pouco menos que ser.
Pensar na morte iminente me faz pensar que quero mais
A morte não é fim, nem pode ser.
Pensar na morte iminente me faz querer viver mais,
Ser mais, sentir mais, amar mais, perceber mais.
Iminente, não necessariamente.
Inevitável.
Era uma vez um mundo feliz e perfeito até que surgiu o Amor.
Ah! O Amor!
E de uma hora pra outra o que era racional e funcional tornou-se incrivelmente trágico. De um mundo onde a razão tornava todos os finais felizes e logicamente ideais, de repente nos vimos em meio ao completo caos, uma novela mexicana. Foi um Deus nos acuda. Gente chorando prum lado, gente se lamentando do outro. Não acabavam as reclamações ao nosso SACA- Serviço de Apoio a Cliente Apaixonado. Todos com a mesma queixa: dor de cotovelo...
Chegamos a conclusão que todos seguiam uma sequência lógica de fatos, o que não fazia sentido algum. Primeiros pensamentos, depois contato físico aproximado e aí tudo descambava. Frio na barriga,tremedeira, falta de fome e concentração, dificuldade de respirar, muitos tinham dificuldade em parar de rir. Mas logo apresentavam sintomas mais graves e deprimentes. Normalmente em pares, um dos afetados demonstravam aversão ou rejeição pelo outro, gerando, assim, efeitos extremos e deprimentes. Dias de tristeza profunda, choro patético, alguns relatavam perda de sono e vontade de viver...Alguns perdiam o apetite, outros se entupiam de comida. Muitos se diziam enganados, arrependidos, irados. Alguns prometiam nunca mais se deixar levar por esse sentimento tão desmedido e infeliz.
Tivemos que por isso chamar o Sr. amor para uma conversinha. Queríamos saber que história era essa de aparecer do nada e nos tirar a paz. Antes dele tudo ia muito bem. Tínhamos apatia e tranquilidade. Era tudo meio sem graça, mas tínhamos sossego. Os casamentos, resolvíamos com contratos metodicamente seguidos, e acreditem, eles eram religiosamente seguidos. Dias intermináveis de mesmice, mas éramos mais racionais, mais comedidos. Nada de reações amorosas intempestivas, gente viajando na Maionese. Maionese agora tá lotada! Não há mais como nadar em Maionese. Maionese virou roteiro turístico de quinta.
O tal Sr. Amor veio logo dizendo que não tinha culpa. Ele apenas dava uma nova dimensão aos relacionamentos. Fazia tudo mais saboroso, mais encantado. Disse que quem causa toda a confusão é o ciume, a inveja e a cobiça, essa turminha sim era a verdadeira causa de tanta confusão. As acusadas se diziam vitimas de calúnia. Elas diziam que só eram chamadas depois que o Amor de manifestava. Como foi aquele mundo de acusações por todo lado resolvemos fazer uma acariação. Chamamos todas as partes envolvidas, O Sr Amor, acusação, testemunhas e por fim as vitimas. Descobrimos, afinal, que as vitimas de vitimas não tem nada. O Amor se apresentava e elas sem pensar nas consequencias iam logo se deixando levar. Diziam as testemunhas que não faltavam conselhos,advertências, solicitações de bom senso e racionalidade, mas os indivíduos estavam completamente loucos para provar o tal fruto deliciosos e caiam em tentação... Sendo assim, o amor foi liberado temporariamente. Mas as investigações continuam...
Ah! O Amor!
E de uma hora pra outra o que era racional e funcional tornou-se incrivelmente trágico. De um mundo onde a razão tornava todos os finais felizes e logicamente ideais, de repente nos vimos em meio ao completo caos, uma novela mexicana. Foi um Deus nos acuda. Gente chorando prum lado, gente se lamentando do outro. Não acabavam as reclamações ao nosso SACA- Serviço de Apoio a Cliente Apaixonado. Todos com a mesma queixa: dor de cotovelo...
Chegamos a conclusão que todos seguiam uma sequência lógica de fatos, o que não fazia sentido algum. Primeiros pensamentos, depois contato físico aproximado e aí tudo descambava. Frio na barriga,tremedeira, falta de fome e concentração, dificuldade de respirar, muitos tinham dificuldade em parar de rir. Mas logo apresentavam sintomas mais graves e deprimentes. Normalmente em pares, um dos afetados demonstravam aversão ou rejeição pelo outro, gerando, assim, efeitos extremos e deprimentes. Dias de tristeza profunda, choro patético, alguns relatavam perda de sono e vontade de viver...Alguns perdiam o apetite, outros se entupiam de comida. Muitos se diziam enganados, arrependidos, irados. Alguns prometiam nunca mais se deixar levar por esse sentimento tão desmedido e infeliz.
Tivemos que por isso chamar o Sr. amor para uma conversinha. Queríamos saber que história era essa de aparecer do nada e nos tirar a paz. Antes dele tudo ia muito bem. Tínhamos apatia e tranquilidade. Era tudo meio sem graça, mas tínhamos sossego. Os casamentos, resolvíamos com contratos metodicamente seguidos, e acreditem, eles eram religiosamente seguidos. Dias intermináveis de mesmice, mas éramos mais racionais, mais comedidos. Nada de reações amorosas intempestivas, gente viajando na Maionese. Maionese agora tá lotada! Não há mais como nadar em Maionese. Maionese virou roteiro turístico de quinta.
O tal Sr. Amor veio logo dizendo que não tinha culpa. Ele apenas dava uma nova dimensão aos relacionamentos. Fazia tudo mais saboroso, mais encantado. Disse que quem causa toda a confusão é o ciume, a inveja e a cobiça, essa turminha sim era a verdadeira causa de tanta confusão. As acusadas se diziam vitimas de calúnia. Elas diziam que só eram chamadas depois que o Amor de manifestava. Como foi aquele mundo de acusações por todo lado resolvemos fazer uma acariação. Chamamos todas as partes envolvidas, O Sr Amor, acusação, testemunhas e por fim as vitimas. Descobrimos, afinal, que as vitimas de vitimas não tem nada. O Amor se apresentava e elas sem pensar nas consequencias iam logo se deixando levar. Diziam as testemunhas que não faltavam conselhos,advertências, solicitações de bom senso e racionalidade, mas os indivíduos estavam completamente loucos para provar o tal fruto deliciosos e caiam em tentação... Sendo assim, o amor foi liberado temporariamente. Mas as investigações continuam...
a.M.O.R
Passamos a vida esperando que os outros nos aceitem como somos,
nos amem como somos,
nos respeitem quando falamos e agimos.
Que nossos pensamentos sejam livremente expressos
E que nossa capacidade de escolha seja respeitada.
Mas raramente vejo reciprocidade.
Muito se fala,
pouco se faz.
E o que fica?
Falta amor pelo próximo, amor que nao vai além do umbigo,
E descobrimos a medida em que o tempo passa e
a idade vai chegando,
os filhos nos ensinado,
Que a individualidade só é real quando é percebida e compartilhada.
Somos todos parte do sistema,
que há muito perdeu seu equilíbrio.
nos amem como somos,
nos respeitem quando falamos e agimos.
Que nossos pensamentos sejam livremente expressos
E que nossa capacidade de escolha seja respeitada.
Mas raramente vejo reciprocidade.
Muito se fala,
pouco se faz.
E o que fica?
Falta amor pelo próximo, amor que nao vai além do umbigo,
E descobrimos a medida em que o tempo passa e
a idade vai chegando,
os filhos nos ensinado,
Que a individualidade só é real quando é percebida e compartilhada.
Somos todos parte do sistema,
que há muito perdeu seu equilíbrio.
De mãos e pés atados
Movimentos, tentativas
Corpo suspenso pelo medo
Mudo e consciente
A voz saía, mas não ecoava
Se perdia nas ondas sonoras do pesadelo
Dor, gemido, dor
angústia compacta
pacote perdido, nunca entregue
Não espere o vento
Ele não sopra por estas bandas
Não sabia
Consciente in-coleitvo
Mãos atadas sem cordas
Anestesaido pelo subconsciente
Voz embargada
Olhares afogados
não respiram
A luz se faz presente
Mas a distancia
mãos que tentam se erguer
Tentativa inutil
Dor por dentro que não -
Dor que só doi no olhar do observador
A luz torna a dor ainda mais intensa
perceptivel
cruel
Feche os olhos
A dor é de quem vê
Abre os olhos
A dor é de quem vê
...
Os olhos não podem esconder
a dor que existe porque existo
O tempo passa
na velocidade inversa
intensamente.
Movimentos, tentativas
Corpo suspenso pelo medo
Mudo e consciente
A voz saía, mas não ecoava
Se perdia nas ondas sonoras do pesadelo
Dor, gemido, dor
angústia compacta
pacote perdido, nunca entregue
Não espere o vento
Ele não sopra por estas bandas
Não sabia
Consciente in-coleitvo
Mãos atadas sem cordas
Anestesaido pelo subconsciente
Voz embargada
Olhares afogados
não respiram
A luz se faz presente
Mas a distancia
mãos que tentam se erguer
Tentativa inutil
Dor por dentro que não -
Dor que só doi no olhar do observador
A luz torna a dor ainda mais intensa
perceptivel
cruel
Feche os olhos
A dor é de quem vê
Abre os olhos
A dor é de quem vê
...
Os olhos não podem esconder
a dor que existe porque existo
O tempo passa
na velocidade inversa
intensamente.
Comments on “The Grave” – Katherine Ann Porter
The final scene of the short story can be considered a moment of revelation. A moment when Miranda remembers that moment from her past. When she discovered a new aspect of life, she changed from an innocent child to a person aware about what was happening around her, and also twenty years later she could understand better the meanings of death, the relationship with her brother and face the thoughts that tormented her for so long.
During childhood Miranda and her brother Paul used to hunt small animals such as doves and rabbits It was a common situation for them, a moment of enjoyment. She did not realize that their moment of enjoyment was also a moment of killing, until that day, when the “rabbit” was killed. Miranda even said that what she really liked about shooting was “pulling the trigger and hearing the noise”. The fact that she was not aware of what she was doing shows how innocent and naive she was. She was only nine years old at that time, and her brother was 12. The narrative shows that her brother maybe had some knowledge about what he was doing, and how dangerous it could become, but for them it was a kind a natural habit to killing animals. It seems that child at that age, on that part of US were used to haunt with guns, for them the fact that she wore male clothes instead of girl’s dresses could be considered a bigger sin than kill small animals. The third person omniscient narrator described many times that her brother was more efficient on hunting, that he was more precise, more skilled, and that “he may have seen all that before”. Paul “killed it (animals) with one shot” can mean that he was good with guns, but also indicates that she may also had shot her brother when is said that “they fired at the same moment” and “He did it very cleanly and quickly least of what he knew”. Those sentences confirm not only that he was more experienced on hunting; but also that he knew exactly what he was doing.
The final scene, when the smells are described reveals how omniscient the narrator is. He knew Miranda more hidden thoughts. Although the narrator uses third person it seems that is Miranda the one who is telling the story. All the details are more related to her than to him. Also, it makes the reader very close to the scene, twenty years before, and also after when she remember all that feelings she had. She felt the same smell of dead roses, the sweet smelling, like vanilla, smell of death. Every time that senses of smell is described, is a moment of death, and rebirth – a moment of change and awareness. At the begging describing her grandfather grave opened, also when her brother was shot and at the end when she herself was dying. The evidence that he was shot is the sentence “His voice dropped on the last word”, as if he had shot the rabbit and she had shot him at the same time. He made her promise that she would never tell anybody about what had happened that day. But that secret was in her mind for the rest of her life. She remembered not only the hotness of the day, but also the smell of raw flesh and wilting flowers. “The corruption she had smelled” is based not only in the fact that her childhood was corrupted, that she had changed forever. Before it was corruption the fact that she knew her treasure had a small value compared to the Gold ring her brother had found, but after was the fact that she knew she had killed her brother, but she could not tell anybody. Miranda was, at first, very interested and not afraid to see her brother with the tiny rabbits, she wanted to see. But when she realized that the blood running was not only from the rabbit, but also from Paul, she “began to tremble”. That was the moment when she changed, when her innocence had finished. The sentence “(…) they were just about ready to be born” describes a moment when the tiny rabbits are dead. Miranda faced death of her innocence and birth of her knowledge about real life. She then, goes home to have a shower, to change her clothes, wear a dress and the ring which represents also death and a moment of transformation from a child to a grown up girl.
Because the chronological time is not linear, is hard at the first reading realize all that. But, when reading carefully again, we can perceive the events. The paragraphs starting with Then, Now, When give the impression that the time is no linear but full of flashbacks. In the first paragraph it seems that the story is been told many years after, from someone who belong to the family, a granddaughter of Miranda, maybe. But after, it seems that Miranda is the one telling the story, because she describes her thoughts, which are unfamiliar to her daughter. How could she know that? Symbolism is very strongly represented through the senses – smell, vision, taste and touch. When she sees her brother at the end, “Instantly upon this thought the dreadful vision faded, and she saw her brother, whose childhood face she had forgotten” is a confirmation that she had not seen him since that day and that he was shot. The senses and smell of death were there again. Miranda had maybe been hit by a car, or maybe because the city “was strange” she had been murdered by that Indian vendor, it is not very clear for me. But the same feeling and smell of “Dyed”, sweet and raw flesh indicates that she was dying too. The word Dyed sweet can be also read as dead of her innocence, a moment when she gets into the adulthood. When she dressed that dress and let the clothes of boys behind, she realizes that from that moment she is no longer the same. The events had changed her somehow she can never be an innocent child anymore. Even though she tried she never forget what her conscious accumulated, “those thousand impressions” that tormented her mind for twenty years. The thoughts tormented her so much, that she moved from place to place, by she could not take the remembrances out from her own. In her last attempt to find a new place to live she found also death and why not peace, represented from the dove in her brother’s hand. She was finally freed from the feelings of guilty.
During childhood Miranda and her brother Paul used to hunt small animals such as doves and rabbits It was a common situation for them, a moment of enjoyment. She did not realize that their moment of enjoyment was also a moment of killing, until that day, when the “rabbit” was killed. Miranda even said that what she really liked about shooting was “pulling the trigger and hearing the noise”. The fact that she was not aware of what she was doing shows how innocent and naive she was. She was only nine years old at that time, and her brother was 12. The narrative shows that her brother maybe had some knowledge about what he was doing, and how dangerous it could become, but for them it was a kind a natural habit to killing animals. It seems that child at that age, on that part of US were used to haunt with guns, for them the fact that she wore male clothes instead of girl’s dresses could be considered a bigger sin than kill small animals. The third person omniscient narrator described many times that her brother was more efficient on hunting, that he was more precise, more skilled, and that “he may have seen all that before”. Paul “killed it (animals) with one shot” can mean that he was good with guns, but also indicates that she may also had shot her brother when is said that “they fired at the same moment” and “He did it very cleanly and quickly least of what he knew”. Those sentences confirm not only that he was more experienced on hunting; but also that he knew exactly what he was doing.
The final scene, when the smells are described reveals how omniscient the narrator is. He knew Miranda more hidden thoughts. Although the narrator uses third person it seems that is Miranda the one who is telling the story. All the details are more related to her than to him. Also, it makes the reader very close to the scene, twenty years before, and also after when she remember all that feelings she had. She felt the same smell of dead roses, the sweet smelling, like vanilla, smell of death. Every time that senses of smell is described, is a moment of death, and rebirth – a moment of change and awareness. At the begging describing her grandfather grave opened, also when her brother was shot and at the end when she herself was dying. The evidence that he was shot is the sentence “His voice dropped on the last word”, as if he had shot the rabbit and she had shot him at the same time. He made her promise that she would never tell anybody about what had happened that day. But that secret was in her mind for the rest of her life. She remembered not only the hotness of the day, but also the smell of raw flesh and wilting flowers. “The corruption she had smelled” is based not only in the fact that her childhood was corrupted, that she had changed forever. Before it was corruption the fact that she knew her treasure had a small value compared to the Gold ring her brother had found, but after was the fact that she knew she had killed her brother, but she could not tell anybody. Miranda was, at first, very interested and not afraid to see her brother with the tiny rabbits, she wanted to see. But when she realized that the blood running was not only from the rabbit, but also from Paul, she “began to tremble”. That was the moment when she changed, when her innocence had finished. The sentence “(…) they were just about ready to be born” describes a moment when the tiny rabbits are dead. Miranda faced death of her innocence and birth of her knowledge about real life. She then, goes home to have a shower, to change her clothes, wear a dress and the ring which represents also death and a moment of transformation from a child to a grown up girl.
Because the chronological time is not linear, is hard at the first reading realize all that. But, when reading carefully again, we can perceive the events. The paragraphs starting with Then, Now, When give the impression that the time is no linear but full of flashbacks. In the first paragraph it seems that the story is been told many years after, from someone who belong to the family, a granddaughter of Miranda, maybe. But after, it seems that Miranda is the one telling the story, because she describes her thoughts, which are unfamiliar to her daughter. How could she know that? Symbolism is very strongly represented through the senses – smell, vision, taste and touch. When she sees her brother at the end, “Instantly upon this thought the dreadful vision faded, and she saw her brother, whose childhood face she had forgotten” is a confirmation that she had not seen him since that day and that he was shot. The senses and smell of death were there again. Miranda had maybe been hit by a car, or maybe because the city “was strange” she had been murdered by that Indian vendor, it is not very clear for me. But the same feeling and smell of “Dyed”, sweet and raw flesh indicates that she was dying too. The word Dyed sweet can be also read as dead of her innocence, a moment when she gets into the adulthood. When she dressed that dress and let the clothes of boys behind, she realizes that from that moment she is no longer the same. The events had changed her somehow she can never be an innocent child anymore. Even though she tried she never forget what her conscious accumulated, “those thousand impressions” that tormented her mind for twenty years. The thoughts tormented her so much, that she moved from place to place, by she could not take the remembrances out from her own. In her last attempt to find a new place to live she found also death and why not peace, represented from the dove in her brother’s hand. She was finally freed from the feelings of guilty.
The Description of Oroonoko as a Strategy to Attract European Readers
Oroonoko by Aphra Behn is one of the most significant post-colonial books in our history. Its significance, especially for women, is enormous. She was one of the precursors of women literature and one of the first women who had writing as a profession. The authors, at that time had a closer attachment to their works, much more than nowadays. That kind of approach was a way to attract more readers, or to repel them. The connection between the reader, the writer and the book was somehow problematic, since the author had an “obligation” and a responsibility to cover the reader’s expectative. The relations between reader and writer were closer, the names were much more emphasized, and the market was more restricted. “Nowadays it is clear that the author is not the narrator.” (Barthes, 1973), and that “the experience of reading is a game.”(Poe apud Cíntia, 2004). And even more, that “in the interior of the story is, apparently, another story.”(Piglia apud Cíntia, 2004).
In Oroonoko, using the first person narrator, the writer explores that image of someone more reliable and trustful. The use of the first person narrator and the way the narrator is introduced and characterized in the plot as someone who has been in those exotic places, and seen or talked to the characters, is perfectly mixed with the use of the “suspension of disbelief”. Coleridge recalled:
“... It was agreed, that my endeavors should be directed to persons and characters supernatural, or at least romantic, yet so as to transfer from our inward nature a human interest and a semblance of truth sufficient to procure for these shadows of imagination that willing suspension of disbelief for the moment, which constitutes poetic faith. Mr. Wordsworth on the other hand was to propose to himself as his object, to give the charm of novelty to things of every day, and to excite a feeling analogous to the supernatural, by awakening the mind's attention from the lethargy of custom, and directing it to the loveliness and the wonders of the world before us ...” (Coleridge, 1953)
In this game to attract the reader’s interest and sympathy, the first person narrator is set in a place of the most reliable person, the one who is really aware of the on goings. Since the beginning we find the narrator calling the reader’s attention to the credibility of that story.
“I was myself an eye-witness to a great part of what you will find here set down; and what I could not be witness of, I received from the mouth of the chief actor in this history, the hero himself, who gave us the whole transactions of his youth: and though I shall omit, for brevity's sake, a thousand little accidents of his life, which, however pleasant to us, where history was scarce and adventures very rare, yet might prove tedious and heavy to my reader, in a world where he finds diversions for every minute, new and strange. But we who were perfectly charmed with the character of this great man were curious to gather every circumstance of his life.” (Chapter 1.8)
The narrative is very detailed. One of the most impressive aspects of her work is actually the way she describes that new land - Suriname. It is a mixture of amazement and detachment. The narrator describes this new land, so detailed as a “scientific report”, making the reader - mainly the aristocratic English people in the post-colonial age - very curious about that new founded land and culture, which was a new discovery very familiar to their real lives. Some of the events and the places are described in a way to make the reader doubt about its veracity.
The descriptions have a mixture of admiration and criticism. At the same time the narrator seems to be amazed about that new culture, she(the narrator) is detached from them as a alien in that land. There are that colonizer perception, surrounded by amazement and a keen eye, searching every single detail and pointing out the differences that make the natives so uncivilized. Maybe they were not seen as inferior people, but different ones. She even compares them to the non-fallen man in paradise, as if “civilization” was the way for corruption of people’s souls.
“And though they are all thus naked, if one lives forever among 'em there is not to be seen an indecent action, or glance: and being continually used to see one another so unadorned, so like our first parents before the Fall, it seems as if they had no wishes, there being nothing to heighten curiosity;” (Chapter 1)
The Characterization of the new place expresses the differences between this whole new world and the place the narrator comes from. The narrative is attractive for the differences, as the similarities with the European culture. When the narrator describes the new land, she seems admired with all the colors, shapes, animals, behavior that an European reader would find, as she does, very interesting. For the Europeans, during that period of post-colonization, and even nowadays, to visit expositions and event where animals, clothing, as other foreign elements are brought closer to the public had become an event. Said that, the different ways used to approach the reader to the text are very effective, since it was something already known as effective when Oroonoko was written.
“for those we live with in perfect amity, without daring to command 'em; but, on the contrary, caress 'em with all the brotherly and friendly affection in the world; trading with them for their fish, venison, buffalo's skins, and little rarities; as marmosets, a sort of monkey, as big as a rat or weasel, but of marvelous and delicate shape, having face and hands like a human creature; and cousheries, a little beast in the form and fashion of a lion, as big as a kitten, but so exactly made in all parts like that noble beast that it is it in miniature. Then for little paraketoes, great parrots, mackaws, and a thousand other birds and beasts of wonderful and surprising forms, shapes, and colors. For skins of prodigious snakes, of which there are some threescore yards in length; as is the skin of one that may be seen at his Majesty's Antiquary's; where are also some rare flies, of amazing forms and colors, presented to 'em by myself; some as big as my fist, some less; and all of various excellencies, such as art cannot imitate. Then we trade for feathers, which they order into all shapes, make themselves little short habits of 'em and glorious wreaths for their heads, necks, arms, and legs, whose tinctures are unconceivable.” (Chapter 1)
Even in the text, the narrator comments about the Majesty's Antiquary's, as something very sophisticated and reserve to very few people. Somehow, to read all those details and talk about those discoveries were not only attractive, but very fashionable at that time.
“For skins of prodigious snakes, of which there are some threescore yards in length; as is the skin of one that may be seen at his Majesty's Antiquary's; where are also some rare flies, of amazing forms and colors, presented to 'em by myself; some as big as my fist, some less; and all of various excellencies, such as art cannot imitate.”(Chapter 1)
On the other hand, the description of familiar elements, such as the physical and behavioral characteristics of The Prince Oroonoko are “apparently” unconscious comparisons between her own aristocratic European background and culture, with that one she is describing as an exotic place.
“(…) His face was not of that brown rusty black which most of that nation are, but of perfect ebony, or polished jet. His eyes were the most awful that could be seen, and very piercing; the white of 'em being like snow, as were his teeth. His nose was rising and Roman, instead of African and flat. His mouth the finest shaped that could be seen; far from those great turned lips which are so natural to the rest of the negroes.”
The comparison and contrast are elements used to attract the reader for its differences and similarities. She compares not only the Prince, a black man, with her own people, but also compares him to his own people, from Suriname. When she makes the parallel, she approaches Prince Oroonoko to the European side. The comparison could be seen as prejudice, but I prefer to call it as her way to catch the reader and familiarize them to the protagonist. Maybe, if she had portrayed him in an ordinary way, the approach from the readers would be different.
The descriptions of the people, their aspect, behave and manner is based in comparisons between the narrator’s values and background, which were much closed to the reader’s values. The readers of Oroonoko come from the same European aristocratic background as the narrator. To describe The prince Oroonoko as a black man, very tall and strong, but caring those delicate features, such as a thin nose and small mouth, it seems to be an attempt to portray a very handsome man, very closed to the previous reference of General Othello, in Shakespeare’s play. The description of both characters, Prince Oroonoko and Othello, emphasizes their noble attitude towards their background. Compared to their own people, Africans or South-Americans. When doing that, the narrator describes those important men above the average, as special beings. Even when she tried to be polite to describe it, using the terms “(…) for they have all that is called beauty, except the color, which is a reddish yellow (…)” she demonstrates through her words sympathy, but a feeling that those natives were inferior to her own people, the Europeans. That comparison can be more evident when she is describing the Prince Oroonoko, but he is portrayed as an outstanding figure. The narrator says:
“I have often seen and conversed with this great man, and been a witness to many of his mighty actions; and do assure my reader, the most illustrious courts could not have produced a braver man, both for greatness of courage and mind, a judgment more solid, a wit more quick, and a conversation more sweet and diverting. He knew almost as much as if he had read much: he had heard of and admired the Romans: he had heard of the late Civil Wars in England, and the deplorable death of our great monarch; and would discourse of it with all the sense and abhorrence of the injustice imaginable. He had an extreme good and graceful mien, and all the civility of a well-bred great man. He had nothing of barbarity in his nature, but in all points addressed himself as if his education had been in some European court. (…) This great and just character of Oroonoko gave me an extreme curiosity to see him, especially when I knew he spoke French and English, and that I could talk with him. But though I had heard so much of him, I was as greatly surprised when I saw him as if I had heard nothing of him; so beyond all report I found him.” (Chapter 1)
Emphasizing the Prince’s manners and knowledge, she creates in the reader a curiosity about Prince Oronooko’s background. An atmosphere of mystery and nobility very closed to the idealized man – a hero. All that extensive characterization of the Prince and setting is made in order to create sympathy between the protagonist and the reader. That is not a coincidence, but a very smart strategy used by the author. The reader is invited to believe in that idealized person and place. The possibility to create a magic land and story, as if it was so closed to their reality that it becomes irresistible. That probably explains the huge success of the book and how that strategy it was used by many other authors, since writer became a way of living or a matter of make an idea spread worldwide.
BIBLIOGRAPHY
COMPAGNON, Antonie. O Demônio da Teoria – Leitura e Senso Comum. O Leitor. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2001.
COMPAGNON, Antonie. O Demônio da Teoria – Leitura e Senso Comum. O Mundo. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2003.
GENETTE, Gerard. Fronteiras da Narrativa. In: BARTHES, Rolland (org.). Análise da Estrutura Narrativa. São Paulo: Vozes, 1973.
JOHNSON, S. F., 'Coleridge's The Watchman: Decline and Fall', The Review of English Studies, 1953.
LIMA, Luiz Costa. Teoria da Literatura em suas fontes. A Questão dos Gêneros. Vol. I 3ª. Edição. Civilização Brasileira. Rio de Janeiro, 2002.
MOSCHOVICH, Cíntia. De Poe a Piglia: Em busca das teorias sobre o conto e o encontro de uma gramática do silêncio. In: Veredas, 2005.
Librivox: “Librivox.org” Oroonoko at LibriVox (audio book). Web
Lynch, Jack. An Annotated Bibliography on Aphra Behn's Oroonoko, 1997. Web.
O autor - http://www.unicamp.br/~hans/mh/autor.html. Web.
The University of Adelaide Library. University of Adelaide. South Australia. 2009. Web. http://ebooks.adelaide.edu.au/b/behn/aphra/b42o/index.html.
“Wapedia” Oroonoko at Wapedia.mobi. Web.
In Oroonoko, using the first person narrator, the writer explores that image of someone more reliable and trustful. The use of the first person narrator and the way the narrator is introduced and characterized in the plot as someone who has been in those exotic places, and seen or talked to the characters, is perfectly mixed with the use of the “suspension of disbelief”. Coleridge recalled:
“... It was agreed, that my endeavors should be directed to persons and characters supernatural, or at least romantic, yet so as to transfer from our inward nature a human interest and a semblance of truth sufficient to procure for these shadows of imagination that willing suspension of disbelief for the moment, which constitutes poetic faith. Mr. Wordsworth on the other hand was to propose to himself as his object, to give the charm of novelty to things of every day, and to excite a feeling analogous to the supernatural, by awakening the mind's attention from the lethargy of custom, and directing it to the loveliness and the wonders of the world before us ...” (Coleridge, 1953)
In this game to attract the reader’s interest and sympathy, the first person narrator is set in a place of the most reliable person, the one who is really aware of the on goings. Since the beginning we find the narrator calling the reader’s attention to the credibility of that story.
“I was myself an eye-witness to a great part of what you will find here set down; and what I could not be witness of, I received from the mouth of the chief actor in this history, the hero himself, who gave us the whole transactions of his youth: and though I shall omit, for brevity's sake, a thousand little accidents of his life, which, however pleasant to us, where history was scarce and adventures very rare, yet might prove tedious and heavy to my reader, in a world where he finds diversions for every minute, new and strange. But we who were perfectly charmed with the character of this great man were curious to gather every circumstance of his life.” (Chapter 1.8)
The narrative is very detailed. One of the most impressive aspects of her work is actually the way she describes that new land - Suriname. It is a mixture of amazement and detachment. The narrator describes this new land, so detailed as a “scientific report”, making the reader - mainly the aristocratic English people in the post-colonial age - very curious about that new founded land and culture, which was a new discovery very familiar to their real lives. Some of the events and the places are described in a way to make the reader doubt about its veracity.
The descriptions have a mixture of admiration and criticism. At the same time the narrator seems to be amazed about that new culture, she(the narrator) is detached from them as a alien in that land. There are that colonizer perception, surrounded by amazement and a keen eye, searching every single detail and pointing out the differences that make the natives so uncivilized. Maybe they were not seen as inferior people, but different ones. She even compares them to the non-fallen man in paradise, as if “civilization” was the way for corruption of people’s souls.
“And though they are all thus naked, if one lives forever among 'em there is not to be seen an indecent action, or glance: and being continually used to see one another so unadorned, so like our first parents before the Fall, it seems as if they had no wishes, there being nothing to heighten curiosity;” (Chapter 1)
The Characterization of the new place expresses the differences between this whole new world and the place the narrator comes from. The narrative is attractive for the differences, as the similarities with the European culture. When the narrator describes the new land, she seems admired with all the colors, shapes, animals, behavior that an European reader would find, as she does, very interesting. For the Europeans, during that period of post-colonization, and even nowadays, to visit expositions and event where animals, clothing, as other foreign elements are brought closer to the public had become an event. Said that, the different ways used to approach the reader to the text are very effective, since it was something already known as effective when Oroonoko was written.
“for those we live with in perfect amity, without daring to command 'em; but, on the contrary, caress 'em with all the brotherly and friendly affection in the world; trading with them for their fish, venison, buffalo's skins, and little rarities; as marmosets, a sort of monkey, as big as a rat or weasel, but of marvelous and delicate shape, having face and hands like a human creature; and cousheries, a little beast in the form and fashion of a lion, as big as a kitten, but so exactly made in all parts like that noble beast that it is it in miniature. Then for little paraketoes, great parrots, mackaws, and a thousand other birds and beasts of wonderful and surprising forms, shapes, and colors. For skins of prodigious snakes, of which there are some threescore yards in length; as is the skin of one that may be seen at his Majesty's Antiquary's; where are also some rare flies, of amazing forms and colors, presented to 'em by myself; some as big as my fist, some less; and all of various excellencies, such as art cannot imitate. Then we trade for feathers, which they order into all shapes, make themselves little short habits of 'em and glorious wreaths for their heads, necks, arms, and legs, whose tinctures are unconceivable.” (Chapter 1)
Even in the text, the narrator comments about the Majesty's Antiquary's, as something very sophisticated and reserve to very few people. Somehow, to read all those details and talk about those discoveries were not only attractive, but very fashionable at that time.
“For skins of prodigious snakes, of which there are some threescore yards in length; as is the skin of one that may be seen at his Majesty's Antiquary's; where are also some rare flies, of amazing forms and colors, presented to 'em by myself; some as big as my fist, some less; and all of various excellencies, such as art cannot imitate.”(Chapter 1)
On the other hand, the description of familiar elements, such as the physical and behavioral characteristics of The Prince Oroonoko are “apparently” unconscious comparisons between her own aristocratic European background and culture, with that one she is describing as an exotic place.
“(…) His face was not of that brown rusty black which most of that nation are, but of perfect ebony, or polished jet. His eyes were the most awful that could be seen, and very piercing; the white of 'em being like snow, as were his teeth. His nose was rising and Roman, instead of African and flat. His mouth the finest shaped that could be seen; far from those great turned lips which are so natural to the rest of the negroes.”
The comparison and contrast are elements used to attract the reader for its differences and similarities. She compares not only the Prince, a black man, with her own people, but also compares him to his own people, from Suriname. When she makes the parallel, she approaches Prince Oroonoko to the European side. The comparison could be seen as prejudice, but I prefer to call it as her way to catch the reader and familiarize them to the protagonist. Maybe, if she had portrayed him in an ordinary way, the approach from the readers would be different.
The descriptions of the people, their aspect, behave and manner is based in comparisons between the narrator’s values and background, which were much closed to the reader’s values. The readers of Oroonoko come from the same European aristocratic background as the narrator. To describe The prince Oroonoko as a black man, very tall and strong, but caring those delicate features, such as a thin nose and small mouth, it seems to be an attempt to portray a very handsome man, very closed to the previous reference of General Othello, in Shakespeare’s play. The description of both characters, Prince Oroonoko and Othello, emphasizes their noble attitude towards their background. Compared to their own people, Africans or South-Americans. When doing that, the narrator describes those important men above the average, as special beings. Even when she tried to be polite to describe it, using the terms “(…) for they have all that is called beauty, except the color, which is a reddish yellow (…)” she demonstrates through her words sympathy, but a feeling that those natives were inferior to her own people, the Europeans. That comparison can be more evident when she is describing the Prince Oroonoko, but he is portrayed as an outstanding figure. The narrator says:
“I have often seen and conversed with this great man, and been a witness to many of his mighty actions; and do assure my reader, the most illustrious courts could not have produced a braver man, both for greatness of courage and mind, a judgment more solid, a wit more quick, and a conversation more sweet and diverting. He knew almost as much as if he had read much: he had heard of and admired the Romans: he had heard of the late Civil Wars in England, and the deplorable death of our great monarch; and would discourse of it with all the sense and abhorrence of the injustice imaginable. He had an extreme good and graceful mien, and all the civility of a well-bred great man. He had nothing of barbarity in his nature, but in all points addressed himself as if his education had been in some European court. (…) This great and just character of Oroonoko gave me an extreme curiosity to see him, especially when I knew he spoke French and English, and that I could talk with him. But though I had heard so much of him, I was as greatly surprised when I saw him as if I had heard nothing of him; so beyond all report I found him.” (Chapter 1)
Emphasizing the Prince’s manners and knowledge, she creates in the reader a curiosity about Prince Oronooko’s background. An atmosphere of mystery and nobility very closed to the idealized man – a hero. All that extensive characterization of the Prince and setting is made in order to create sympathy between the protagonist and the reader. That is not a coincidence, but a very smart strategy used by the author. The reader is invited to believe in that idealized person and place. The possibility to create a magic land and story, as if it was so closed to their reality that it becomes irresistible. That probably explains the huge success of the book and how that strategy it was used by many other authors, since writer became a way of living or a matter of make an idea spread worldwide.
BIBLIOGRAPHY
COMPAGNON, Antonie. O Demônio da Teoria – Leitura e Senso Comum. O Leitor. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2001.
COMPAGNON, Antonie. O Demônio da Teoria – Leitura e Senso Comum. O Mundo. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2003.
GENETTE, Gerard. Fronteiras da Narrativa. In: BARTHES, Rolland (org.). Análise da Estrutura Narrativa. São Paulo: Vozes, 1973.
JOHNSON, S. F., 'Coleridge's The Watchman: Decline and Fall', The Review of English Studies, 1953.
LIMA, Luiz Costa. Teoria da Literatura em suas fontes. A Questão dos Gêneros. Vol. I 3ª. Edição. Civilização Brasileira. Rio de Janeiro, 2002.
MOSCHOVICH, Cíntia. De Poe a Piglia: Em busca das teorias sobre o conto e o encontro de uma gramática do silêncio. In: Veredas, 2005.
Librivox: “Librivox.org” Oroonoko at LibriVox (audio book). Web
Lynch, Jack. An Annotated Bibliography on Aphra Behn's Oroonoko, 1997. Web.
O autor - http://www.unicamp.br/~hans/mh/autor.html. Web.
The University of Adelaide Library. University of Adelaide. South Australia. 2009. Web. http://ebooks.adelaide.edu.au/b/behn/aphra/b42o/index.html.
“Wapedia” Oroonoko at Wapedia.mobi. Web.
Comments on Milton's Paradise Lost
The representation of Death and Sin can be compared to the representation of Life through the Son of God, Jesus, in the Bible. Satan “generated” Death and Sin, as his key, or argument to go out from hell. In that sense, the allusion of going out from hell to the “paradise in earth” would only be possible, if Satan could connect himself to man, as he did. The approach he had from hell to man was the idea that man could commit a sin and, as a consequence die. That can be seen, not as a figure of a person, but a representation of his thoughts and ideas, created by him. Out of God’s haven, this completely new place (or reign) had to be constructed. Satan would have to create by himself the ideas that did not exist in haven, as Death, Sin, and everything else. That moment when Satan goes out from hell, can be seen as a moment of creation of his own word – a terrible one, but his own, brand new world. Even if it is based on haven’s architecture, hierarchy, and even philosophical pattern, he seems to wonder, into this process of idealization of his new world. Based on Milton’s ideas, Satan is portrayed not only as a King, but specially, as a creator. His ideal to be as God goes beyond the power of haven under his control, but even, the power and ability to create - creatures, concepts, sensations. The creation of Sin and Death could not be seen, in this perspective, as an involuntary consequence of Satan’s rebellion, but as his own creation. And, it is only possible because that man was created vulnerable to live or to die. Then, man was his key out from hell; otherwise he would not be able to go out from it. Considering that, man would be seen as a powerful instrument for his freedom. In order to consider my analogy as plausible, I would have to think that God was aware of such possibility of rebellion and failure– the idea of destiny, when he first announces the creation and failure of the man to the angels. Or the opposite idea - the essence of democracy and free will - when God give to all his creatures the power to make their own decisions, to rebel or not, to commit sin or not, to believe or not in whatever they want.
Could Prospero, in The Tempest, be compared with the writer or with Shakespeare himself?
It is very interesting to compare Prospero – the one who could control the nature, the supernatural and the men - with a writer. The writing process gives to the writer power to create and to manipulate stories as he wishes. The writer carefully plans and develops his thoughts, as if he was the god of his own world, able to make his creatures act in accordance to his desires. I found under the musicality of The Tempest, Prospero as The Regent of an orchestra, leading the musicians (characters) to achieve The Greatest Melody – his plan accomplished. The music is used many times to hypnotize characters or get from them what he wanted. But as the writer, also the reader has his power. And from the Epilogue, on The Tempest I can see a writer wishing that his work could remain alive through the readers.
“(…) now, 'tis true, I must be here confined by you, or sent to Naples. (…) dwell in this bare island by your spell; (…) but release me from my bands with the help of your good hands: Gentle breath of yours my sails must fill, or else my project fails, which was to please.”
Love through literature, eternalizing Shakespeare’s works that would remain forever. Prospero did not want his Dukedom back. Instead, the writer’s desire was to be eternalized through his works on the reader’s minds and “good hands”. In Prospero, I found a writer planning, creating, developing, and manipulating his audience. The plan was “to please”, going beyond the borders of the Island – England, and get “released with the help of the reader good hands.” The definition of the word Prospero infers to the one who could make it better, make it grow, and make it richer. The imagery of a reader receiving the power to make the work of an artist to prosper, while taking a “Gentle breath” of inspiration, and then keep his legacy and his works alive, is remarkable. The reader is the one who has the power and freedom to make, not only Shakespeare’s work remain alive, but mainly, Literature.
“(…) now, 'tis true, I must be here confined by you, or sent to Naples. (…) dwell in this bare island by your spell; (…) but release me from my bands with the help of your good hands: Gentle breath of yours my sails must fill, or else my project fails, which was to please.”
Love through literature, eternalizing Shakespeare’s works that would remain forever. Prospero did not want his Dukedom back. Instead, the writer’s desire was to be eternalized through his works on the reader’s minds and “good hands”. In Prospero, I found a writer planning, creating, developing, and manipulating his audience. The plan was “to please”, going beyond the borders of the Island – England, and get “released with the help of the reader good hands.” The definition of the word Prospero infers to the one who could make it better, make it grow, and make it richer. The imagery of a reader receiving the power to make the work of an artist to prosper, while taking a “Gentle breath” of inspiration, and then keep his legacy and his works alive, is remarkable. The reader is the one who has the power and freedom to make, not only Shakespeare’s work remain alive, but mainly, Literature.
O amor é o maior mito que já existiu...
Falar de amor é falar de gente.
As estórias mais lindas e mais trágicas são as que falam de amor. O Mito de Orfeu, as peças de Shakespeare, as novelas mais bregas, os poemas mais tocantes, as tragédias mais gregas, as comédias mais interessantes, tudo tem amor, e gente. A procura pelo amor e a constante falta dele. A eterna busca pelo conhecimento e entendimento das razões, todas as que se conhece e desconhece, tudo gira em torno do amor.
O amor é um mito que perseguimos como o ar que respiramos.
Ele faz tudo valer a pena.
O amor move o mundo, já se dizia isso. Mas com mais clareza começo a perceber como essa frase é intrigante.
O amor que tanto perseguimos muitas vezes é apenas uma justificativa, um disfarce, uma razão criada, um momento de sonho, uma muleta pra vida. Vivemos em busca de algo porque esse algo - o amor, é o que nos torna mais reais, mais próximos uns dos outros, e mais eternos também.
Criamos o amor para viver pra sempre!
O amor pelo meu filho vai viver com ele pra sempre. E assim será com meu neto, meu bisneto que ainda nem conheço mas já amo.
O amor pela literatura, pelas artes em geral é um amor pelo humano, pela capacidade de criação que é uma expressão da alma do outro em nós, sempre que admiramos uma tela, um texto, uma expressão...
O amor é o mito mais amado e o mais sublime. Não me canso dele, nem quero.
O amor me conecta a Deus e me torna tão humana que não há nada mais existencial do que unir a supremacia do Divino com a plenitude de ser humano.
Pelo amor eu toco as mãos de Deus e Ele,
Ele se torna tão real e impressíndível quanto o amor.
As estórias mais lindas e mais trágicas são as que falam de amor. O Mito de Orfeu, as peças de Shakespeare, as novelas mais bregas, os poemas mais tocantes, as tragédias mais gregas, as comédias mais interessantes, tudo tem amor, e gente. A procura pelo amor e a constante falta dele. A eterna busca pelo conhecimento e entendimento das razões, todas as que se conhece e desconhece, tudo gira em torno do amor.
O amor é um mito que perseguimos como o ar que respiramos.
Ele faz tudo valer a pena.
O amor move o mundo, já se dizia isso. Mas com mais clareza começo a perceber como essa frase é intrigante.
O amor que tanto perseguimos muitas vezes é apenas uma justificativa, um disfarce, uma razão criada, um momento de sonho, uma muleta pra vida. Vivemos em busca de algo porque esse algo - o amor, é o que nos torna mais reais, mais próximos uns dos outros, e mais eternos também.
Criamos o amor para viver pra sempre!
O amor pelo meu filho vai viver com ele pra sempre. E assim será com meu neto, meu bisneto que ainda nem conheço mas já amo.
O amor pela literatura, pelas artes em geral é um amor pelo humano, pela capacidade de criação que é uma expressão da alma do outro em nós, sempre que admiramos uma tela, um texto, uma expressão...
O amor é o mito mais amado e o mais sublime. Não me canso dele, nem quero.
O amor me conecta a Deus e me torna tão humana que não há nada mais existencial do que unir a supremacia do Divino com a plenitude de ser humano.
Pelo amor eu toco as mãos de Deus e Ele,
Ele se torna tão real e impressíndível quanto o amor.
O Poeta é um sem vergonha
Abrir um livro e encontrar se nele.
Entender que um as vezes é dialogo.
Outros ecos, incontáveis egos.
Tantas vozes expressas num pensamento.
Tradução do ego. Habilidade de gênio.
Seria dom? Expressão do ego em mim.
Alma irrestrita que transita no restrito, nos pensamentos secretos, particulares.
O poeta é um sem vergonha.
Não tem medo da luz nem da sombra.
Talvez protegido pela liberdade de expressão,
Ou pelo desprendimento, ou pela percepção
De que somos todos muito parecidos
E mesmo assim diferentes.
Uma linha revela uma alma.
E tantas mais.
E com tanta verdade,
Que não cabe julgamento, nem juízo
Mas entendimento.
Pela coragem, capacidade,
Pela abrangência.
Não quantas, mas quanto...
E em meio a tanto, sou parte.
O poeta tem o dom de tocar a alma
Sem olhos, nem boca, nem mãos...
sem mesmo intencionar.
O poeta vê o ponto
E o transforme em tanto,
Que se perde no fim
Mediado por Mim - Leitor.
Mediado por Ti - Leitor.
Mediado por nos.
Entender que um as vezes é dialogo.
Outros ecos, incontáveis egos.
Tantas vozes expressas num pensamento.
Tradução do ego. Habilidade de gênio.
Seria dom? Expressão do ego em mim.
Alma irrestrita que transita no restrito, nos pensamentos secretos, particulares.
O poeta é um sem vergonha.
Não tem medo da luz nem da sombra.
Talvez protegido pela liberdade de expressão,
Ou pelo desprendimento, ou pela percepção
De que somos todos muito parecidos
E mesmo assim diferentes.
Uma linha revela uma alma.
E tantas mais.
E com tanta verdade,
Que não cabe julgamento, nem juízo
Mas entendimento.
Pela coragem, capacidade,
Pela abrangência.
Não quantas, mas quanto...
E em meio a tanto, sou parte.
O poeta tem o dom de tocar a alma
Sem olhos, nem boca, nem mãos...
sem mesmo intencionar.
O poeta vê o ponto
E o transforme em tanto,
Que se perde no fim
Mediado por Mim - Leitor.
Mediado por Ti - Leitor.
Mediado por nos.
A certeza da dúvida
Ter respostas a todas as perguntas é um alerta de arrogância?
Ter dúvidas, ou estar sempre em cima do muro é sinal de despreparo? Inconscistência?
Existe verdade absoluta? Existe um ponto final? E começo?
A existência, por si só, é um emaranhado de perguntas. Nascemos perguntado? Com certeza, crescemos indagando. E se existe a certeza da pergunta, existe certeza na resposta?
É por essas e outras tantas, que prefiro acreditar que a verdade é relativamente uma criação humana, com o intuito de suportar o vazio das respostas perguntas - aquelas sem fim, sem reposta.
Viver sem respostas é aterrorizante, não acha? Existe o momento do "eu acho" e o momento do "será?";
Assim como existe o "se" e o "é", sempre acompanhado do "talvez" e só "porque".
Quem diz ter certeza vive em completa escuridão. Se é que alguém tem certeza de tudo.
E viver em meio a tanta dúvida é se ver diante de um abismo sem fim, sem escalas até seu final, se é que há final.
E quando vejo uma criança, curiosa e pensante, reflito na maravilha de descobrir e na perda de encontrar. Encontrar respostas seja lá de onde vieram. Melhor é mesmo imaginar, criar, inventar, mudar de ideia...será?
Depois que o fruto foi comido, o que nos resta é pensar. Foi comido? Por quem? Existia mesmo uma árvore? Quem contou, criou ou escutou, será que presenciou?
Ser macaco deve ser mais fácil. Seria mesmo mais evoluído pensar na evolução?
Quantos caminhos e respostas, estórias de histórias, algumas um tanto quanto bem contadas que nos fazem viajar no mundo da palavra, da criação e da capacidade de criar.
E se o mundo for uma grande indagação, sem respostas, nem certezas, talvez não haja, portanto, nem fim, nem começo, nem coisa, nem nada. Se não há, o que sou eu, além desta, feita de sonhos e ideias, e pesares? Fruto comido? Fruto de uma imaginação corrompida pelo pecado? Fruto de um idealismo de perfeição que teve algumas perdas no meio do caminho?
As vezes sinto como se o amor, o ser, o outro fosse algo tão intangível, que não caberia na assimilação da palavra real, realidade. A falta do outro não é confortada pela presença, mas é presente de maneira tão intensa na falta...que faz a falta de ser mais real que a presença de...de tudo.
Mas é o percurso de querer que me faz dar sentido ao possível ter. E houve um momento, ou alguns poucos em que enxerguei de fato a felicidade e a senti no presente. Nem o futuro idealizado, nem no passado fantasiado, melhorado, alimentado pela saudade.
E assim vive-se, saboreando na dúvida o amargo tempero que revela a possibilidade. Nem de todo amargo, pois desta, frutos saborosos nos remetem a fadada mania de comparar em dicotomia dando argumento e sentido a vida.
Refletindo na morte inesperada e instantânea, ou futura e "certa", posso dizer que o que importa não é a dúvida, nem a certeza, nem a razão...Meu ponto de equilíbrio, o que faz minha vida valer a pena é tão íntimo e pessoal que não me permite compartilhar de certeza e fórmulas que sirvam de consolo, nem de parâmetro a ninguém. Há uma história pessoal e intransferível, tão individual quanto o próprio direito de escolha. Se é que temos escolha...Escolha é uma escolha, mesmo! Experiências passadas não valem para ninguém que não as queira. E o acerto de outros não assegura a ninguém a convicção da conquista, da completude.
Talvez nosso mal seja perguntar demais. Ou talvez seja não fazê-lo. Talvez sejam ambos, dependendo da circunstância.
Só não espere respostas, pois você não vai encontra-las em ninguém, nem mesmo em você.
A não ser que esteja cego demais para perceber...
Ou criativo demais para conceber...
Pare de dar desculpas...
A partir de hoje faça um compromisso com a verdade. Pare de dar desculpas para o fracasso. É a falta de tempo, de dinheiro, de disposição...Pare de adiar o que deve ser mudado, não deixe a sua oportunidade de ser feliz passar por você com um pássaro voando alto demais para que possa alcançar.
Foi isso que ela ouviu aquela manhã. E disposta a seguir aquele conselho e promessa de uma vida melhor começou pela sua determinação de perder os quilinhos que a tempos a incomodava. Fez uma salada de frutas, comeu com prazer e com a certeza de estar fazendo a coisa certa. Que bom, pensou ela, sentir que estou sendo mais forte que a gula, tendo controle do meu corpo e mente. Próximo passo, passar mais tempo com quem ama. Deixou de lado a TV e o computador e passou a dedicar uma hora diária do seu tempo a família. Brincava como criança, se divertia com as estórias do marido, se interessava pelos planos e acontecimentos do dia deles.Começou a ver como a felicidade dos seus queridos era também parte da sua própria felicidade. Decidiu ser mais flexível, mais aberta a outras pessoas, opiniões, circunstâncias. Então, ao invés de dizer não aos convites, e por total falta de jeito, ignorar uma conversa com estranhos. Ao invés de se fechar na sua própria ideia sobre o mundo, decidiu se aventurar a ver o mundo com os olhos dos outros. Descobriu novas formas, nem certas nem erradas, apenas outras diversas maneiras de ver os outros. Começou a se exercitar, escolheu um esporte coletivo, uma boa oportunidade de se relacionar com outros. Viu cores novas e antigas, mas viu além de si. Isso a fez mais feliz, mais todo, menos parte. Leu, leu, leu. Viu como o intertexto é necessário. Perdeu o medo de repetir, de refletir, de argumentar. Se olhou no espelho, viu os anos passarem, mas de uma maneira diferente, refletiu na necessidade de ser mais que ter. O ser permanece. Se sentiu mais consciente de si, do tempo, da vida. lembrou da infância, da adolescencia, da juventude. O tempo passa tão rápido e tão devagar. Tinha tanta coisa pra viver, tantos planos inacabados, muitos inacabados, mas queria mais. Então pegou papel e caneta e fez uma lista de coisas que valeria a pena fazer por ela, pelos outros. Será que seus queridos compreendiam a imensidão do seu amor por eles. Resolver escrever-lhes o quanto os amava, o quão importante era sua vida porque eles faziam parte dela.
Na manhã seguinte, 12 de Julho de 1987, ela parou de respirar. Deixou sonhos no papel, saudade em alguns corações e a certeza de que fez pouco, fez muito pouco, comparado ao que poderia ter sido sua vida - tediosa vida classe média.
Foi isso que ela ouviu aquela manhã. E disposta a seguir aquele conselho e promessa de uma vida melhor começou pela sua determinação de perder os quilinhos que a tempos a incomodava. Fez uma salada de frutas, comeu com prazer e com a certeza de estar fazendo a coisa certa. Que bom, pensou ela, sentir que estou sendo mais forte que a gula, tendo controle do meu corpo e mente. Próximo passo, passar mais tempo com quem ama. Deixou de lado a TV e o computador e passou a dedicar uma hora diária do seu tempo a família. Brincava como criança, se divertia com as estórias do marido, se interessava pelos planos e acontecimentos do dia deles.Começou a ver como a felicidade dos seus queridos era também parte da sua própria felicidade. Decidiu ser mais flexível, mais aberta a outras pessoas, opiniões, circunstâncias. Então, ao invés de dizer não aos convites, e por total falta de jeito, ignorar uma conversa com estranhos. Ao invés de se fechar na sua própria ideia sobre o mundo, decidiu se aventurar a ver o mundo com os olhos dos outros. Descobriu novas formas, nem certas nem erradas, apenas outras diversas maneiras de ver os outros. Começou a se exercitar, escolheu um esporte coletivo, uma boa oportunidade de se relacionar com outros. Viu cores novas e antigas, mas viu além de si. Isso a fez mais feliz, mais todo, menos parte. Leu, leu, leu. Viu como o intertexto é necessário. Perdeu o medo de repetir, de refletir, de argumentar. Se olhou no espelho, viu os anos passarem, mas de uma maneira diferente, refletiu na necessidade de ser mais que ter. O ser permanece. Se sentiu mais consciente de si, do tempo, da vida. lembrou da infância, da adolescencia, da juventude. O tempo passa tão rápido e tão devagar. Tinha tanta coisa pra viver, tantos planos inacabados, muitos inacabados, mas queria mais. Então pegou papel e caneta e fez uma lista de coisas que valeria a pena fazer por ela, pelos outros. Será que seus queridos compreendiam a imensidão do seu amor por eles. Resolver escrever-lhes o quanto os amava, o quão importante era sua vida porque eles faziam parte dela.
Na manhã seguinte, 12 de Julho de 1987, ela parou de respirar. Deixou sonhos no papel, saudade em alguns corações e a certeza de que fez pouco, fez muito pouco, comparado ao que poderia ter sido sua vida - tediosa vida classe média.
Existia um menino no mundo dos olhos,
Que desde pequeno mostrava ser alguém.
Uns diziam que era pequeno,
outros que era magrinho e bonitinho também
Mas é grande,
Forte,
Um Leão.
Leandro.
Você é.
O melhor sonho sonhado.
Meu sorriso, minha força,
Tens o olhar mais terno,
Sorriso aberto,
Abraço querido.
O beijo mais amigo.
Eles dizem o que vêem.
Eu, o que sinto.
Eu através de seus olhos, sinto
O maior amor do mundo.
Que desde pequeno mostrava ser alguém.
Uns diziam que era pequeno,
outros que era magrinho e bonitinho também
Mas é grande,
Forte,
Um Leão.
Leandro.
Você é.
O melhor sonho sonhado.
Meu sorriso, minha força,
Tens o olhar mais terno,
Sorriso aberto,
Abraço querido.
O beijo mais amigo.
Eles dizem o que vêem.
Eu, o que sinto.
Eu através de seus olhos, sinto
O maior amor do mundo.
Cunning
I was looking for the word "cunning" in the dictionary,
When I realized that, at the age of thirty-something
I have already made many mistakes.
Not planned, neither idealized.
They happened as foreseen, as advised.
How could I have done it? Never avoided.
My mistake was the absence of a wall
To block my foolish idealism, my lack of "proportion".
I walked out, and then heard the tears dropping behind,
Tears of wisdom, they probably knew,
I would never know
That tortuous ways would lead me to unknown places,
faces, senses.
That made me what I am.
I lost spring and summer's days
I jumped straight into winter,
dark and sharp
And when I looked back
I saw courage, but regret.
A joy and a feeling,
That I could have done it differently.
But life is so, as I still am.
And then,
What's next?
When I realized that, at the age of thirty-something
I have already made many mistakes.
Not planned, neither idealized.
They happened as foreseen, as advised.
How could I have done it? Never avoided.
My mistake was the absence of a wall
To block my foolish idealism, my lack of "proportion".
I walked out, and then heard the tears dropping behind,
Tears of wisdom, they probably knew,
I would never know
That tortuous ways would lead me to unknown places,
faces, senses.
That made me what I am.
I lost spring and summer's days
I jumped straight into winter,
dark and sharp
And when I looked back
I saw courage, but regret.
A joy and a feeling,
That I could have done it differently.
But life is so, as I still am.
And then,
What's next?
Eclipse
Hoje eu não quero saber dessa tristeza,
Nada mais importa.
Essa melancolia, essa pessoa triste que me assola,
E as vezes me sinto cinza. Não importa.
Dizer palavras lindas, mas para falar de tristeza?
E a criança que um dia viveu, quem era?
Me diziam que era feliz, sonhadora...
E os dias vem e os ventos levam pra longe, pra onde, não sei.
Não quero ser parte de algo que foi.
Não fui, continuo...
E não quero falar de tristeza.
Mas assim escrevendo, ela passa, passa...
Ela olhou pra lua e o sol brilhou,
Sol e a lua se fundem,
Em dias
As vezes frios, as vezes quentes,
Não importa, apenas vive.
A felicidade passa,
Antes disso,
Sente!
Saudade é bom,
Mas sentimento sentido, É.
Então,
Pare de planejar.
Pare de juntar.
Pare prever.
E oro:
Volta sol, volta lua.
E se puder parar e respira fundo,
Sente!
...
Isso é Vida, é Hoje, e é o que importa.
Nada mais importa.
Essa melancolia, essa pessoa triste que me assola,
E as vezes me sinto cinza. Não importa.
Dizer palavras lindas, mas para falar de tristeza?
E a criança que um dia viveu, quem era?
Me diziam que era feliz, sonhadora...
E os dias vem e os ventos levam pra longe, pra onde, não sei.
Não quero ser parte de algo que foi.
Não fui, continuo...
E não quero falar de tristeza.
Mas assim escrevendo, ela passa, passa...
Tem dias que o som das aves me encanta,Em outros me irrita, como um motor dentro da cabeça.Assim como meus medos que nem sei quantos são.
Ela olhou pra lua e o sol brilhou,
Sol e a lua se fundem,
Em dias
As vezes frios, as vezes quentes,
Não importa, apenas vive.
A felicidade passa,
Antes disso,
Sente!
Saudade é bom,
Mas sentimento sentido, É.
Então,
Pare de planejar.
Pare de juntar.
Pare prever.
E oro:
Volta sol, volta lua.
E se puder parar e respira fundo,
Sente!
...
Isso é Vida, é Hoje, e é o que importa.
E por falar em sol..
No dia seguinte uma nuvem veio do nada e encobriu o sol.
Ele sorriu pra ela e entendeu tudo!
Ele sorriu pra ela e entendeu tudo!
O sol sorriu
Não percebeu a beleza do céu azul.
Mas quando veio a nuvarada e encobriu os olhos dela,
O sol percebeu o que tinha e chorou pelo que nunca teve.
Quando veio o verão o sol chorou de alegria,
Seu choro espantou as bolinhas de algodão doce.
Então ele percebeu o azul,
E a magia de ver além dos olhos.
Ver a essência é perceber agora,
Aquilo que os olhos só entenderão no futuro.
Aí o sol chorou de tristeza,
Porque o tempo passado não é sorriso,
É pesar e saudade.
Ai que saudade!
Então percebeu o que tinha,
E tomado de uma repentina lucidez,
Gargalhou de alegria.
O arco-íris sorriu de volta.
E a primavera nasceu mais uma vez.
Cegueira
Há momentos em que acordamos para nós mesmos, como um insight ou algo parecido, e nos percebemos como realmente somos.
Momentos infelizmente raros. Para alguns isso nunca acontece. Mas é triste notar que nossas atitudes deveriam ser diferentes, que nossos julgamentos estão equivocados, que aquilo que nos ocupamos não tem tanto valor quanto deveria. Aí temos em tese duas alternativas: voltar atrás e refazer nosso caminho (se ainda for possível) ou continuar onde estamos e fingir que está tudo bem. Mas sinceramente, não sei como alguém pode viver sabendo que está indo na direção errada.
Enfim, tive algumas poucas oportunidades de cair na real, e quando dá aquele - Putz, que merda eu to fazendo! a vontade que dá é de enfiar a cabeça no travesseiro e se esconder do mundo. Como a gente sai da realidade e age sem um pingo de razão, comprometimento, respeito pelos outros? E depois que foi feito resta pedir desculpas e tentar consertar o que se fez, quem ofendemos, o que perdemos pelo caminho. Alguns exemplos disso são arrogância, quando nos achamos mais que o resto. Quanta besteira! Ninguém é tão ruim, nem tão bom...Outra coisa é achar que seus motivos são melhores, portanto, devem ser seguidos. Ou o tempo que gastamos em coisas cotidianas e não damos a devida atenção a quem realmente merece. Ou quando equivocados tiramos nossas conclusões sobre os outros sem dar a eles a chance de provar o contrário. O preconceito é triste e devastador. As vezes vejo pessoas agindo assim, sem consideração por nada além de si e de suas convicções, sinto pena, e espero que consigam ver além do próprio umbigo. Que acordem antes que seja tarde...Mas também vejo outros com atitudes tão nobres, com uma capacidade de doar e ver os outros com respeito, carinho e honestidade..isso me faz acreditar no ser humano, que ainda existem pessoas boas.
Recebi um email de um gari. Não sei se é verdade ou montagem, mas o importante é a estória. Um jovem que tem mil sonhos, e que hoje é um gari. Ele procura dar seu melhor, fazer tudo com otimismo e perfeição. Limpar o chão com perfeição?? Não! muito mais que isso. Nosso trabalho vai além de nossas funções. Saber lidar com os outros (e cá pra nós, há pessoas de todos os tipos e educação), saber lidar com nós mesmos, saber lidar com aquilo que é a vida, um constante resolver problemas, encontrar saídas, lidar com o inesperado. O cara deu uma lição de otimismo, de humildade e de determinação, e porque não? O negócio não é ser gari, é uma profissão como qualquer outra. Mas o que conta é que ele esta ali e vê amplamente, se ve como parte essencial e não com lamentação, se achando inferior, menor. A mediocridade, e acomente com muita facilidade pessoas que tem a alma pequena.Algumas dizem que pra ser feliz tem que ser rico, não sabendo que assim restringem essa oportunidade de "felicidade" a maior parte da população mundial. É acreditar que ter dinheiro é ser feliz, mas infelicidade ter esse pensamento. Mas alguns sonham com isso - ter, pra então ser feliz. Alguns passam a vida se lamentando e morrem assim. Outros, depois da conquista se sentem mais vazios que antes. Eu sinho com um mundo que consiga ver mais além, ver a si mesmos de maneira ampla, verdadeira, sem máscara nem maquiagem, sem disfarce. E por falar em olhar com tanta simplicidade, me lembrei do olhar de criança, voltar a ser criança, já nos ensinava alguém muito sábio e consciente. Quero voltar a ser criança, voltar a pensar como criança, a sonhar como criança, a entender com a simplicidade e a magia da criança. A perdoar com a facilidade e sinceridade da criança, a aprender com a humildade e o interesse da criança, a dormir o sono de uma criança, a viver cada dia sem se preocupar com o futuro como uma criança, a pedir perdão como uma criança, a aceitar ajuda como uma criança, a estar disponível aos outros como uma criança, a se superar como uma criança, a falar de seus medos e sonhos como elas, a insistir e nunca se cansar como elas...
A ver com os olhos de uma criança!
Momentos infelizmente raros. Para alguns isso nunca acontece. Mas é triste notar que nossas atitudes deveriam ser diferentes, que nossos julgamentos estão equivocados, que aquilo que nos ocupamos não tem tanto valor quanto deveria. Aí temos em tese duas alternativas: voltar atrás e refazer nosso caminho (se ainda for possível) ou continuar onde estamos e fingir que está tudo bem. Mas sinceramente, não sei como alguém pode viver sabendo que está indo na direção errada.
Enfim, tive algumas poucas oportunidades de cair na real, e quando dá aquele - Putz, que merda eu to fazendo! a vontade que dá é de enfiar a cabeça no travesseiro e se esconder do mundo. Como a gente sai da realidade e age sem um pingo de razão, comprometimento, respeito pelos outros? E depois que foi feito resta pedir desculpas e tentar consertar o que se fez, quem ofendemos, o que perdemos pelo caminho. Alguns exemplos disso são arrogância, quando nos achamos mais que o resto. Quanta besteira! Ninguém é tão ruim, nem tão bom...Outra coisa é achar que seus motivos são melhores, portanto, devem ser seguidos. Ou o tempo que gastamos em coisas cotidianas e não damos a devida atenção a quem realmente merece. Ou quando equivocados tiramos nossas conclusões sobre os outros sem dar a eles a chance de provar o contrário. O preconceito é triste e devastador. As vezes vejo pessoas agindo assim, sem consideração por nada além de si e de suas convicções, sinto pena, e espero que consigam ver além do próprio umbigo. Que acordem antes que seja tarde...Mas também vejo outros com atitudes tão nobres, com uma capacidade de doar e ver os outros com respeito, carinho e honestidade..isso me faz acreditar no ser humano, que ainda existem pessoas boas.
Recebi um email de um gari. Não sei se é verdade ou montagem, mas o importante é a estória. Um jovem que tem mil sonhos, e que hoje é um gari. Ele procura dar seu melhor, fazer tudo com otimismo e perfeição. Limpar o chão com perfeição?? Não! muito mais que isso. Nosso trabalho vai além de nossas funções. Saber lidar com os outros (e cá pra nós, há pessoas de todos os tipos e educação), saber lidar com nós mesmos, saber lidar com aquilo que é a vida, um constante resolver problemas, encontrar saídas, lidar com o inesperado. O cara deu uma lição de otimismo, de humildade e de determinação, e porque não? O negócio não é ser gari, é uma profissão como qualquer outra. Mas o que conta é que ele esta ali e vê amplamente, se ve como parte essencial e não com lamentação, se achando inferior, menor. A mediocridade, e acomente com muita facilidade pessoas que tem a alma pequena.Algumas dizem que pra ser feliz tem que ser rico, não sabendo que assim restringem essa oportunidade de "felicidade" a maior parte da população mundial. É acreditar que ter dinheiro é ser feliz, mas infelicidade ter esse pensamento. Mas alguns sonham com isso - ter, pra então ser feliz. Alguns passam a vida se lamentando e morrem assim. Outros, depois da conquista se sentem mais vazios que antes. Eu sinho com um mundo que consiga ver mais além, ver a si mesmos de maneira ampla, verdadeira, sem máscara nem maquiagem, sem disfarce. E por falar em olhar com tanta simplicidade, me lembrei do olhar de criança, voltar a ser criança, já nos ensinava alguém muito sábio e consciente. Quero voltar a ser criança, voltar a pensar como criança, a sonhar como criança, a entender com a simplicidade e a magia da criança. A perdoar com a facilidade e sinceridade da criança, a aprender com a humildade e o interesse da criança, a dormir o sono de uma criança, a viver cada dia sem se preocupar com o futuro como uma criança, a pedir perdão como uma criança, a aceitar ajuda como uma criança, a estar disponível aos outros como uma criança, a se superar como uma criança, a falar de seus medos e sonhos como elas, a insistir e nunca se cansar como elas...
A ver com os olhos de uma criança!
Colcha de retalhos
O original morreu? Já existiu? E se nasceu, porque morreu? .
Algumas pessoas se acham originais e cegas pela própria ignorância se tornam as mesmos de sempre.
Quem não se lembra de um adolescente, revoltado com o mundo, que por querer ser diferente resolve fazer parte de um grupo mais rebelde, "menos comum"? Sendo assim, as mesmices das patricinhas e dos playboizinhos são pelo menos mais sinceras e assumidas.
O que ainda é original?? A própria ideia de ser original é velha.
O velho não incomoda, mas a obsessão pelo novo me irrita demais, principalmente a estupidez de quem se acha muito autêntico.
O original é pastiche de intertexto. "Its a recollection of old things in annoying and silent Tempest". Repetem os valores, as crenças, os preconceitos, os desejos, a vaidade.
Um ciclo que se repete, em todos os apectos da vida. Pessoal, social, intelectual, moral...
É um vai e vem de mesmisses que fica difícil, a essa altura, prever a próxima moda do verão passado, o próximo hit da década passada...
A guerra dos sexos e do poder. O conflito entre o bem e o mal. O pensamento crítico que se baseia no senso-comum. E onde foi parar a capacidade de criar? Talvez obscurecida por uma era de mediocridade, o medo de arriscar, uma sociedade crítica e sufocante. Não sei bem. O que vejo é muita tecnologia e pouco desenvolvimento. Muita informação e pouca renovação. Os paradigmas nos obrigam a ser assim, iguais.
E nos dizem a todo o momento que somos diferentes.
Num contexto mais amplo de originalidade diria que existe apenas a matéria e o pensamento. Tudo que vem destes dois elementos é repetição. Exagero?
Pode ser, mas não vejo nada que não tenha origem nestes dois momentos. A matéria que se transforma em meios e fins. O pensamento que transforma e é continuamente modificado pelo que por ele deriva e reflete.
Então, a menos que criem uma nova matéria e um novo pensamento, tudo mais é igual, é repetição, é falta de imaginação.
Acho melhor para por aqui com essa antiga mania de perguntar como, porque e pra que...:)
Algumas pessoas se acham originais e cegas pela própria ignorância se tornam as mesmos de sempre.
Quem não se lembra de um adolescente, revoltado com o mundo, que por querer ser diferente resolve fazer parte de um grupo mais rebelde, "menos comum"? Sendo assim, as mesmices das patricinhas e dos playboizinhos são pelo menos mais sinceras e assumidas.
O que ainda é original?? A própria ideia de ser original é velha.
O velho não incomoda, mas a obsessão pelo novo me irrita demais, principalmente a estupidez de quem se acha muito autêntico.
O original é pastiche de intertexto. "Its a recollection of old things in annoying and silent Tempest". Repetem os valores, as crenças, os preconceitos, os desejos, a vaidade.
Um ciclo que se repete, em todos os apectos da vida. Pessoal, social, intelectual, moral...
É um vai e vem de mesmisses que fica difícil, a essa altura, prever a próxima moda do verão passado, o próximo hit da década passada...
A guerra dos sexos e do poder. O conflito entre o bem e o mal. O pensamento crítico que se baseia no senso-comum. E onde foi parar a capacidade de criar? Talvez obscurecida por uma era de mediocridade, o medo de arriscar, uma sociedade crítica e sufocante. Não sei bem. O que vejo é muita tecnologia e pouco desenvolvimento. Muita informação e pouca renovação. Os paradigmas nos obrigam a ser assim, iguais.
E nos dizem a todo o momento que somos diferentes.
Num contexto mais amplo de originalidade diria que existe apenas a matéria e o pensamento. Tudo que vem destes dois elementos é repetição. Exagero?
Pode ser, mas não vejo nada que não tenha origem nestes dois momentos. A matéria que se transforma em meios e fins. O pensamento que transforma e é continuamente modificado pelo que por ele deriva e reflete.
Então, a menos que criem uma nova matéria e um novo pensamento, tudo mais é igual, é repetição, é falta de imaginação.
Acho melhor para por aqui com essa antiga mania de perguntar como, porque e pra que...:)
Coward
Coward, a such coward!
Get out of my sight.
You dressed with delight
Of frustation for being alive.
You chose it well,
Farewell!
I will keep trying.
If there's no light on the other side
I'll be bright, aspiring.
Wait paciently inspiring dust.
Deserving each breath
Of your disgusting life.
But don't bother me with empty words.
If satisfaction isn't there,
I am, already.
Get out of my sight.
You dressed with delight
Of frustation for being alive.
You chose it well,
Farewell!
I will keep trying.
If there's no light on the other side
I'll be bright, aspiring.
Wait paciently inspiring dust.
Deserving each breath
Of your disgusting life.
But don't bother me with empty words.
If satisfaction isn't there,
I am, already.
Those eyes
What eyes!
They keep staring me,
They persuit me
And try to vanish me.
Oh dispear! What dispear!
They haunt me as if they could.
Dammed eyes, your cruelty is already you.
You were once looked in that way,
Now is the time for revenge.
But I am not your accuser.
You try to get rid of your own memories of that vision.
I am not either part of it.
Look inside before look anywhere.
Your eyes have poison in them
Protecting you against anyone,
Anyone, as far as your senses can perceive.
What sad eyes, they touched me.
And I felt your anger, and your emptiness.
You were thirsty.
Look beyond the pain! I said.
That incredible pain.
Find something else, a reason.
But all you can find is nothing else
But fear.
What lonely eyes, they hurted many others.
And I felt anger, your emptiness fulfil me
As much I couldnt see much.
My eyes are drowned,
And even when they are open
All I can see is the emptiness You.
I tried to share
They couldnt understand, they wouldnt.
Then I stopped telling.
Who could?
You touched me with yours and since then I got sick.
How dare you come now and tell me
That you know what you know?
I know your emptiness since the moment I was born,
And even before I could hear you cry.
I used to cry in the same way.
Should I keep your legacy?
Can't I choose mine?
Your words were stronger than your eyes, sometimes.
Your silence-
Even worse.
I have them all at the same time
Eyes, Words in Silence.
Once upon a time, I dreamed
But now I can't barely breath.
Get away from me,
Get blind, and nothing.
Sometimes nothing is not enough.
And I, I cannot forget that eyes and sound.
They are also what I am.
My eyes, what eyes.
I learned a lesson
When he was born.
When his calm hands touched my arms.
When his eyes released me.
Those eyes, full of love,
What a beautiful eyes.
Untouched, fresh and innocent.
(As when he discovered that he could move his fingers from hands and foot at the same time)
He discovered that he could move forward.
Those eyes.
What eyes!
They keep staring me,
They persuit me
And try to vanish me.
Oh dispear! What dispear!
They haunt me as if they could.
Dammed eyes, your cruelty is already you.
You were once looked in that way,
Now is the time for revenge.
But I am not your accuser.
You try to get rid of your own memories of that vision.
I am not either part of it.
Look inside before look anywhere.
Your eyes have poison in them
Protecting you against anyone,
Anyone, as far as your senses can perceive.
What sad eyes, they touched me.
And I felt your anger, and your emptiness.
You were thirsty.
Look beyond the pain! I said.
That incredible pain.
Find something else, a reason.
But all you can find is nothing else
But fear.
What lonely eyes, they hurted many others.
And I felt anger, your emptiness fulfil me
As much I couldnt see much.
My eyes are drowned,
And even when they are open
All I can see is the emptiness You.
I tried to share
They couldnt understand, they wouldnt.
Then I stopped telling.
Who could?
You touched me with yours and since then I got sick.
How dare you come now and tell me
That you know what you know?
I know your emptiness since the moment I was born,
And even before I could hear you cry.
I used to cry in the same way.
Should I keep your legacy?
Can't I choose mine?
Your words were stronger than your eyes, sometimes.
Your silence-
Even worse.
I have them all at the same time
Eyes, Words in Silence.
Once upon a time, I dreamed
But now I can't barely breath.
Get away from me,
Get blind, and nothing.
Sometimes nothing is not enough.
And I, I cannot forget that eyes and sound.
They are also what I am.
My eyes, what eyes.
I learned a lesson
When he was born.
When his calm hands touched my arms.
When his eyes released me.
Those eyes, full of love,
What a beautiful eyes.
Untouched, fresh and innocent.
(As when he discovered that he could move his fingers from hands and foot at the same time)
He discovered that he could move forward.
Those eyes.
What eyes!
Um ponto iluminado
Alguns dias me sinto como um ponto iluminado.
Onde as centelhas que me aquecem
Me remetem ao frio e a cegueira.
Tais centelhas me confundem, me guiam,
Me concluem.
Como ater-me aos detalhes, se o que vejo é a imensidão intangível.
Então, me recluso em insignificância,
Me percebo nua e vazia.
Queria ter tempo para tudo,
Mas ainda que vivesse eternamente
Não poderia tamanha magnitude conter.
A luz que me aquece foge num instante,
Mas ela irradia eternamente, por isso nunca me sinto tão ponto.
Sinto me parte de um arranjo de letras com alma.
Ler é aquecer o coração sentindo a complexidade do conhecimento.
Quanto mais, me sinto menos.
E quem sou eu além de um ponto?
Então, contemplo exacerbada a maravilha do conhecimento.
Me deleito nas palavras que quem muito adiante assimilou o conhecimento em vida.
Que leu a vida e a transcreveu em conhecimento.
Delírio, magia e encantamento são as palavras de um sábio leitor.
Quisera eu atar-me a momentos como estes,
E ouvir pacientemente, horas a fio
As brasas que me aquecem e acalmam a alma.
O deleite da inquietude me preenche de desejo e vazio, e quero mais.
De tudo que sei e anseio,
Do que ainda nem sei, mas que recrio em mim,
E nos outros.
Onde as centelhas que me aquecem
Me remetem ao frio e a cegueira.
Tais centelhas me confundem, me guiam,
Me concluem.
Como ater-me aos detalhes, se o que vejo é a imensidão intangível.
Então, me recluso em insignificância,
Me percebo nua e vazia.
Queria ter tempo para tudo,
Mas ainda que vivesse eternamente
Não poderia tamanha magnitude conter.
A luz que me aquece foge num instante,
Mas ela irradia eternamente, por isso nunca me sinto tão ponto.
Sinto me parte de um arranjo de letras com alma.
Ler é aquecer o coração sentindo a complexidade do conhecimento.
Quanto mais, me sinto menos.
E quem sou eu além de um ponto?
Então, contemplo exacerbada a maravilha do conhecimento.
Me deleito nas palavras que quem muito adiante assimilou o conhecimento em vida.
Que leu a vida e a transcreveu em conhecimento.
Delírio, magia e encantamento são as palavras de um sábio leitor.
Quisera eu atar-me a momentos como estes,
E ouvir pacientemente, horas a fio
As brasas que me aquecem e acalmam a alma.
O deleite da inquietude me preenche de desejo e vazio, e quero mais.
De tudo que sei e anseio,
Do que ainda nem sei, mas que recrio em mim,
E nos outros.
Poema “Vozes-mulheres”, de Conceição Evaristo
Hoje tive o prazer imensurável de ouvir este poem na voz da própria Conceição Evaristo. E não há como não se emocionar. Um momento inesquecível, que guardarei com muito carinho.
A voz de minha bisavó ecoou
criança
nos porões do navio.
Ecoou lamentos
de uma infância perdida.
A voz de minha avó
ecoou obediência
aos brancos-donos de tudo.
A voz de minha mãe
ecoou baixinho revolta
No fundo das cozinhas alheias
debaixo das trouxas
roupagens sujas dos brancos
pelo caminho empoeirado
rumo à favela.
A minha voz ainda
ecoa versos perplexos
com rimas de sangue
e
fome
A voz de minha filha
recolhe todas as nossas vozes
recolhe em si
as vozes mudas caladas
engastadas nas gargantas.
A voz de minha filha
Recolhe em si
a fala e o ato.
O ontem – o hoje- o agora.
Na voz de minha filha
se fará ouvir a ressonância
o eco da vida-liberdade.
(Poema “Vozes-mulheres”, de Conceição Evaristo)
A voz de minha bisavó ecoou
criança
nos porões do navio.
Ecoou lamentos
de uma infância perdida.
A voz de minha avó
ecoou obediência
aos brancos-donos de tudo.
A voz de minha mãe
ecoou baixinho revolta
No fundo das cozinhas alheias
debaixo das trouxas
roupagens sujas dos brancos
pelo caminho empoeirado
rumo à favela.
A minha voz ainda
ecoa versos perplexos
com rimas de sangue
e
fome
A voz de minha filha
recolhe todas as nossas vozes
recolhe em si
as vozes mudas caladas
engastadas nas gargantas.
A voz de minha filha
Recolhe em si
a fala e o ato.
O ontem – o hoje- o agora.
Na voz de minha filha
se fará ouvir a ressonância
o eco da vida-liberdade.
(Poema “Vozes-mulheres”, de Conceição Evaristo)
UM LUGAR
Ela procura no tempo,
Um lugar no espaço.
Acha um livro de receitas,
Um cesto de roupa e
Um menino descalço.
Ela procura um espaço,
Mesmo que isso demore um tempo.
Não têm tempo, têm pressa.
Passos largos, pernas curtas?
Mente vasta.
Mas ela quer,
Sonha.
Ela corre com o tempo
Procurando espaço, ainda que espaço cheio de vento.
Em seu sonho preclaro,
Ela o preenche de intento.
Pinta paredes de sangue
Suor de outras elas
Que com tento,
Conquistaram o direito
De ser ela, sem trela
Sem ele de contento.
Ela sabe que o tempo
Este sábio instrumento
Ata mãos marcadas por súplicas
dor, lamento.
Nem por isso sem luta, sacrifício e proventos.
Nefasta idéia, diriam eles.
Lá vem elas nos propor tormento.
Há se eles soubessem...
Quebrariam os espelhos do mundo.
Há se elas soubessem...
Um lugar no espaço.
Acha um livro de receitas,
Um cesto de roupa e
Um menino descalço.
Ela procura um espaço,
Mesmo que isso demore um tempo.
Não têm tempo, têm pressa.
Passos largos, pernas curtas?
Mente vasta.
Mas ela quer,
Sonha.
Ela corre com o tempo
Procurando espaço, ainda que espaço cheio de vento.
Em seu sonho preclaro,
Ela o preenche de intento.
Pinta paredes de sangue
Suor de outras elas
Que com tento,
Conquistaram o direito
De ser ela, sem trela
Sem ele de contento.
Ela sabe que o tempo
Este sábio instrumento
Ata mãos marcadas por súplicas
dor, lamento.
Nem por isso sem luta, sacrifício e proventos.
Nefasta idéia, diriam eles.
Lá vem elas nos propor tormento.
Há se eles soubessem...
Quebrariam os espelhos do mundo.
Há se elas soubessem...
PROVÉRBIOS BRASILEIROS E PORTUGUESES
"Ninguém perde o que não tem.
Ninguém perde o que nunca teve.
Ninguém perde que outro não ganhe.
Ninguém perde sem outro ganhar."
NO LIMIAR
No Limiar.
Um instante na loucura do segundo.
O barulho era medonho, irritante, enlouquece-dor.
Olhou pra frente, não viu.
Olhou pra trás,
Um mundo de razões pra pular.
Olhou novamente adiante, faltou coragem.
Seria coragem?
O subconsciente é uma fabrica de loucuras lógicas.
Se olhar demais, se perde procurando razões que vagueiam por lá, em algum lugar.
Um instante.
Foi assim, só num espaço de tempo,
E o que era fácil ficou incrivelmente anestesiado.
A mente corre como louca.
O corpo anda.
A alma grita.
Basta um instante.
E voltar no tempo.
Quando tudo era claro e fácil como a lembrança.
Lembrança onde tudo é sonho.
Sonhos são instantes de lucidez.
E no limiar punctual da loucura,
Espero acordar amanhã
Um pouco menos mente,
Um pouco menos corpo,
Um tanto quanto c'alma.
Equilíbrio na corda bamba.
O devaneio é o êxtase, tortura da insensatez que se prende no segundo.
Um segundo de surto liberto.
Prefiro a harmonia da realidade em slow motion.
Realidade do sonho de felicidade.
Aquela que vira saudade.
No limiar, há um instante.
Que realmente vale a pena.
O de poder olhar os dois lados
Com a lucidez que a loucura permite.
A lógica patética não pode ir tão longe.
Então me permito ser assim, às vezes.
Momentos de lucidez
No limiar,
Por um instante.
LARAH DECIDE VIVER
Larah decidiu viver.
Há noites Larah não dormia. Dizia não se lembrar da ultima noite em que dormiu por 7 horas contínuas. Sentia falta da adolescencia pelo simples fato de se deitar às 20h e acordas as 7h sem efeitos colaterais. Mas aquela noite, fora dentre todas, a pior. Larah achou que iria morrer de dor, dor na alma.
Pela primeira vez na vida sentia-se tão só e tão perdida que pensou no valor da vida.
Chorou tanto que a cabeça doía, pesava, sentia ânsia de vomito, uma vontade de mudar o tempo, tanto faz voltar ou ir adiante; o que queria era sumir.
Sentia-se só. Seus amores e paixões a deixaram só. Ela decidiu ficar só.
Tomou analgésicos, ligou a TV achando que mudar os canais a acalmaria, e acalmou. Tanto lixo na TV, algumas coisas boas, mas se acalmou, parou de chorar, de pensar. Estava anestesiada, um alivio pro inferno que sentiu há algumas horas.
Pensou em escrever o que sentia. Não dividia com mais ninguém, mas queria dividir com o mundo. Que ironia! Precisava conversar com alguém, mas não sabia como, nem com quem. E começou assim:
Que bom que decidi escrever.
Minha vida está parada, só vejo uma muralha na minha frente e não há outro caminho a seguir. Eu fico aqui parada olhando essa muralha a minha frente e penso... Penso e não vejo nada, nem uma dica, nenhuma escada ou mão que me ajude a sair dessa momento. Tirei minha aliança e olhei minhas mão. Senti alívio. Alívio e vazio. Como será viver a vida assim aliviada. Seria vazia ou uma grande descoberta, uma vida cheia e plena comigo mesma. Queria tentar. Que se fodam, que se cuidem, a mim só importa um amor, esse incondicional e surpreendente-mente amigo. Vivi minha vida ditando minhas regras e acabei aqui percebendo que na verdade minhas regras não eram minhas. E no final, o que valeu a pena? Quero descobrir quem sou de verdade, se a vadia egoísta ou a aquela que se sacrifica por amor pra no final não dar em nada. Sempre acreditei que as escolhas são minhas e de mais ninguém e isso não mudou. Quero um tempo pra mim, vou achar meu caminho de volta pra mim. Quero terminar os livros que comecei e os que estão na minha mente. Quero entender quem é a mulher que parece tão capaz, tão forte e decidida que dizem que sou. Quero encontra-la, dizer que a amo e tudo bem com os erros, eles fazem parte. E dizer a ela que não desista não, existe uma razão pra isso e pra tudo. Dos momentos que vivi, todos valeram a pena. Até este, o pior de todos."
Larah decidiu escrever, e viver. Escrever tudo. Escrever suas conclusões sobre a vida, sobre si, e tudo mais. Que existem amores fantásticos, grandes e incomparáveis. Homens diferentes. Poucos raros casos que nos fazem sonhar, um em especial, o melhor que conheceu. As mulheres sonham com seu grande amor. Seria ilusão? Mas se for mesmo assim, uma ilusão, se não for mais que uma boa mentira, ele fora o melhor de todos.
Então, considerou Carlos uma visão, pintou em tela, com cores vibrantes, inesquecíveis e incrivelmente originais. Mas lindas que ouro, ou azul do céu quando contrasta o verde das copas, ou com o Ipê em Junho. Pensou consigo, quem o tiver receberá um presente, lapidado e em constante crescimento.
Percebeu também, que outros homens são capazes de proporcionar ilusão e emoção, mas ao final, apenas grande desilusão. A mentira torna tudo estranho e vazio. As palavras perdem o sentido e, alguns perdem a vez.
Nos seus devaneios sobre a falsidade alheia, pensou em muitas desilusões, especialmente Alberto. Mas ainda acreditava na sua intuição. Ela lhe diz que valeu a experiência e nada mais. Dos momentos de felicidade aos de caos total. Afinal, se permitiu viver as aventuras que quis, e quando nos permitimos não há arrependimento, apenas escolhas necessárias. A sobrevivência exige escolhas, ou monotonia da depressão. Aquela que se perde no tempo, que te prende no tempo,que te mata no instante, a cada instante...
E concluiu dizendo que conseguiu, decidiu! Sentia a cabeça mais leve. A mente aliviada. Ocupara tempo demais com o pensamento e o pensar, agora queria cuidar de si, gostar de si.
Resolveu escrever que assim nunca mais.
Larah
19 de Abril de 2010.
Larah
19 de Abril de 2010.
THE POET WHO TOOK THE ROAD NOT TAKEN
The Road Not Taken
By Robert Frost
Two roads diverged in a yellow wood,
And sorry I could not travel both
And be one traveler, long I stood
And looked down one as far as I could
To where it bent in the undergrowth;
Then took the other, as just as fair,
And having perhaps the better claim,
Because it was grassy and wanted wear;
Though as for that, the passing there
Had worn them really about the same,
And both that morning equally lay
In leaves no step had trodden black.
Oh, I kept the first for another day!
Yet knowing how way leads on to way,
I doubted if I should ever come back.
I shall be telling this with a sigh
Somewhere ages and ages hence:
Two roads diverged in a wood, and I -
- I took the one less traveled by,
And that has made all the difference.
The poet who took the road not taken – Robert Frost, well known as one of the most brilliant writers in American Literature, a four-time winner of the Pulitzer Prize - made important contributions to literature. He overcame the expected, and that is exactly what makes him notably unique.
The poem ‘The Road Not Taken’, one of his most well known poems, was firstly widely analyzed from the perspective of only two roads. The narrator had chosen one of them. Some readers, frequently, relate the lyric voice to Robert Frost itself. Indeed, Professor Kevin Murphy, in his lecture about Frost at Ithaca College has given that perspective of the poem. However, according to Professor Murphy, ‘there are many discrepancies between how Frost’s audience perceived him and how he actually was’. The popularity of Frost during his lifetime and the darker implications of his poetry can be found through the narrator of ‘The Road Not Taken’.
Professor Murphy contrasts the poem with Frost's life. If we analyze the poem based on Frost’s personal life there are many moment where he had to make important decisions. Frost’s father died when he was about eleven years old, he had a very difficult childhood. He had jobs he hated, when a young man. Also, in 1912, he had to decide to sell his farm and move with his wife and four young children to England. Over there, he invested the money from the sold farm, dedicating time exclusively to writing. Actually, it was at that time that he published his first collection of poems, A BOY'S WILL (1913), at the age of 39. It was followed by NORTH BOSTON (1914), which gained international reputation and from that time, he started to build a strong career as writer. Two years after he went back to USA, but now, to publish his books. In 1916, he was made a member of the National Institute of Arts and Letters. On the same year appeared his third collection of verse, MOUNTAIN INTERVAL (1916), which contained the poem 'The Road Not Taken’.
When Frost used the image of ‘ Ways’ to be chosen, in the poem, he knew very much about how one way can lead to another way. Robert Frost had already lived in England and had come back to USA. He had a family, a successful life as a writer. But instead of giving the perspective of two roads, Robert Frost gave much more. The lyric voice said that ‘Two roads diverged in a yellow wood, and sorry I could not travel both (…)’, also at the end it says: ‘(…) Two roads diverged in a wood, and I - I took the one less traveled by, And that has made all the difference.’ From the perspective of Professor Murphy he took another way, differently from the two he described at first. But for me, the narrator was just wondering about many choices we have in life. He was wondering how one can lead to another, and that can lead to another. And, at the end, we can find ourselves in a completely different way. When he says ‘(…) I looked down one as far as I could To where it bent in the undergrowth;(…)’ it represents when we die, and after considered both ways ‘(…) really about the same, (…)’ because it doesn’t matter what way we choose, at the end it will be just different choices we made, death will be there for all of us. The ending will be the same.
Amazingly, once more Robert Frost was able to overcome the obvious. His poetry has become bigger than his own life. From apparent cheerful poem, it was revealed a deep and strong perspective of his work. A poem that can go from one perspective to another, from cheerful or obvious to dense it makes Robert Frost a man who travelled somewhere else, but not the common place. His carefully chosen words, created a new way, his own way to write poetry, making it so unique. Finally, Frost gave the perspective of a road not taken, because it is our own road. We can make choices, but is unpredictable as life all its consequences. We can stop, look for many ways, but who knows the end? And, who knows if or where that road chosen will find a roundabout and other new way ending somewhere else? Somewhere different from what we firstly thought would be the end? What really matters is to notice that there are ways, choices and unexpected surprises in life.
Reference
1. http://youtube.com/watch?v=adj-Xd642UY Accessed at 10 June 2010 at 10AM;
2. http://youtube.com/watch?v=SnWU29o2xwA Accessed at 10 June 2010 at 10AM;
3. http://youtube.com/watch?v=a5140uJOUDE&feature=related Accessed at 10 June 2010 at 10 AM;
4. http://www.youtube.com/watch?v=JQDkG7_QHq4 Accessed at 19 June 2010 at 9 AM;
5. http://famouspoetsandpoems.com/poets/robert_frost/biography Accessed at 20 June 2010 at 2PM;
QUERIA TOCAR O CÉU, MAS EIS QUE ENCONTREI VOCÊ.
Queria tocar o céu,
Mas eis que encontrei você.
Não há sanidade na paixão,
Nem juiz, nem juízo.
Prova da tua força
Diz não, foge então.
Só julgue o que conhece.
Não tem idéia.
Mas saiba que se fosse puro
Esse seu torpe coração
Veria além das dores
Da sua efêmera razão.
Mas eis que encontrei você.
Não há sanidade na paixão,
Nem juiz, nem juízo.
Prova da tua força
Diz não, foge então.
Só julgue o que conhece.
Não tem idéia.
Mas saiba que se fosse puro
Esse seu torpe coração
Veria além das dores
Da sua efêmera razão.
CAÇADORINEXPERIENTE
olheidelado,tumtumtumbatecoração,calmadisfarça,Oitudobem?olheidenovo,pareisemar,quecoisalindaameencarar!
Voula, tumtumtumbatecoração, agorasim, Oitdbem?
OIGATO!tudobem!
Putz, éhomem!
Eaígatinho,tdbem?
tumtumtumtumtum..Oidesculpe, acheiquefosseumamiga.
Quevacilo.Tum tum tum, coração bate devagar. Aguafriapracalmar,essafoifoda.
olheidelado,tumtumtumbatecoração,calmadisfarça,Oitudobem?
O POETA REVELADO
PORQUE O CONHECERÃO PELO QUE LÊEM, E NÃO PELO QUE ÉS, DEPOIS QUE SE REVELAR.
BECAUSE YOU WILL BE NAMED FROM WHAT THEY READ, AND NOT FROM WHAT YOU ARE, AFTER YOU REVEAL YOURSELF.
I cannot fake that I AM A CHEERFUL PERSON.
I cannot fake I am a cheerful person; or I am or I am not.
You cannot pretend that you will wake-up and think –Well, today I will be a cheerful person; but then, at the first adversity, when you notice that your cat peed on the floor, it would be a good excuse to ruin the day.
We must be prepared for the unexpected, because most of the time in life, unexpected things happen to us. And most of us expect that everything goes as planned. So, I suggest, you start thinking the opposite. Try to deal with the unexpected, and then, it will be already expected, as you firstly wished. It seems crazy, but it works most of the time.
Do you remember when you planned for months the dream holiday? The Holiday of your life, that one you always dreamed about, but suddenly it turned into a hell holiday? Or the wedding so well planned that ended in tears and disappointment.
Be prepared, life has life itself.
People, as everything else have their own plans, as we do. And sometimes their plans don’t match with ours. If you are those who believe in destiny, so it gets even worse. Because life will have life itself, and destiny too. It doesn’t matter what you do there will be always the life’s plan in your way.
Do not plan to be happy, BE happy.
It seems very obvious, but it is true. -But how to do that? – So, start from the things you like and you don’t like. Do you know yet? Imagine today is your birthday, it’s your day, and you will have the whole day dedicated to yourself. Some people, actually, do that, really. On that special day, My Dear, you are The Queen, The Master and The Planner.
What would you do in Your very special day??
You would be very surprised, and don’t be, if you find that a very tricky question, indeed.
We don’t know what would make us happy, just because happiness is out from things. It must be inside us. Then, we notice that a day at home would be a Perfect Day; a party for 3 would be The Perfect Party. Did you get it?
If you cannot turn into a happy person, and also, You cannot plan to be happy. If happiness is always there, IN there. Take a closer look to yourself, My Friend. Look inside, search inside. It was always there that thing you were looking for.
We tend to put all the rest first, that’s why it gets difficult to find it.
When we are children, happiness is like a constant mood. I am talking about a healthy childhood, or as closer as we can supose it would be a ‘normal’ childhood. You remember that day at the swimming pool? It could be raining, it could be dirty the water, and it could be cloudy and cold. That had never really mattered. You had the best moments. You enjoyed The Moment. Honestly, I look to a swimming pool and the first question that comes to my mind is – Is it cold? Because, most of the time I am looking so apparently, I cannot see. What does make it a warm place is the magic that happens when you jump on it, like children do. Just jump. Feel the feeling. Let it go. I have a Friend, who died from Leukemia; He used to say – Se joga!(Jump Yourself!). He knew what life was about. He got to know that every minute counts and that we do not have time to think if the water is cold. Just jump.
I cannot fake I am a cheerful person. I already am. You already are. Do not ruin that part of you that is always there deeply hidden. Search it, and find it. Then turn it into your way of living, as the child you once were would do.
Be happy isn’t always be smiling. We must cry, get upset, yell, and sometimes shout. But we must smile too. Life is such a happy instant. JUMP! JUMP NOW!
If the water is cold – Jump!
If the plan was not that – Jump!
If you are sad – Jump! Cry like a child would cry. Scream, shout, swear. In your own bedroom. But then, get out of that sadness, as a child would do. And think about a simple candy you like. Or that game you wished. Or the cartoon that is the best. Take a better look, and you already have forgotten All that Shit.
Life is unexpected, we are unexpected. And as such mystery, start a new day thinking that the treasure, the golden prize, is to turn unexpected into a surprising moment to enjoy, to live.
That Friend, who used to jump, used also to stop and look to the empty space for a moment. I am wondering what He was wondering about. Sometimes he was looking in my direction, but not me, for sure. I could see from his eyes that He was somewhere else. Just like kids do. We can jump somewhere else even without moving the eye. Actually, is such a vision, the dream, that you cannot dare blink.
If you may get confused about the reading, You may ask – What the hell is she talking about? Then, I would answer to you. - I woke up; I had a jump somewhere else. Now, I am going back to sleep the sweetest dreams.
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